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DOMINGOS SODRÉ UM SACERDOTE AFRICANO

João José Reis

Apresentação

Seguindo as pistas encontradas em variada documentação, o livro traça a biografia de um africano liberto que circula na Bahia do século XIX e examina seus múltiplos papéis ao longo da vida: escravo, adivinho, "feiticeiro", chefe de junta de alforria e senhor.

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Ficha Técnica

Título original: Domingos Sodre um sacerdote africano Páginas: 464 Formato: 14.00 X 21.00 cm Peso: 0.541 kg Acabamento: Livro brochura Lançamento: 16/09/2008
ISBN: 978-85-3591-286-9 Selo: Companhia das Letras Ilustração:

SOBRE O LIVRO

Seguindo as pistas encontradas em variada documentação, o livro traça a biografia de um africano liberto que circula na Bahia do século XIX e examina seus múltiplos papéis ao longo da vida: escravo, adivinho, "feiticeiro", chefe de junta de alforria e senhor.

O perfil de Domingo Sodré vem se somar a outros estudos biográficos de indivíduos que experimentaram a escravidão e depois conseguiram superá-la, como Rosa Egípcia, Chica da Silva, Caetana, Liberata etc. Retirados do anonimato, esses trajetos individuais permitem nova compreensão da sociedade brasileira oitocentista, crivada por tensões entre camadas sociais e códigos culturais distintos. Reinventando valores e práticas, africanos natos como Domingos funcionam como mediadores culturais no Brasil escravista: circulam entre o candomblé e o catolicismo, a medicina africana e a ocidental, a justiça dos pretos e a dos brancos. A condição de "feiticeiro" e adivinho confere a Domingos lugar social particular. Se, por um lado, é perseguido em razão de práticas "mágicas" consideradas perigosas, por outro, a posição de líder religioso permite-lhe barganhar algum espaço no mundo dos brancos.
Tomando a trajetória de Domingos como fio condutor, e cotejando-a com outros perfis e experiências, o livro traça um mapa complexo das relações sociais do Brasil do século XIX, em que violência, perseguição policial e desqualificação social de escravos e libertos combinam-se com compadrios e protecionismos de todo o tipo. Alianças perversas que, longe de contribuírem para diminuir distâncias sociais, reforçam-nas.

Sobre o autor