Francisco de Assis Barbosa

Nasceu em 1914 em Guaratinguetá, São Paulo, e morreu no Rio de Janeiro em 1991. Foi um dos mais importantes historiadores e pesquisadores da literatura brasileira na primeira metade do século XX. Sua biografia A vida de Lima Barreto (1952) é o mais extenso e minucioso estudo sobre a vida do autor de Recordações do Escrivão Isaías Caminha. Ao lado de Cavalcanti Proença e Antônio Houaiss, organizou a primeira edição crítica das Obras de Lima Barreto, em 17 volumes.
Foi colaborador dos principais jornais do país e na década de 1940, estava entre os fundadores da Associação Brasileira de Escritores, presidida por Manuel Bandeira.
Como editor, trabalhou na elaboração do Manual bibliográfico de estudos brasileiros, no Instituto Nacional do Livro (sob a chefia de Sérgio Buarque de Hollanda), na Jackson Editores e nas enciclopédias Britannica do Brasil, Barsa e Mirador Internacional. Foi assessor de documentação da Presidência da República no governo Juscelino Kubitschek (1956-61) e procurador do Estado da Guanabara, cargo no qual se aposentou.
Em 1966 se tornou diretor da Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e no mesmo ano participou do VI Colóquio Internacional de Estudos Luso-Brasileiros nas Universidades de Harvard e Columbia, nos Estados Unidos. Em 1968, foi professor visitante da Universidade de Wisconsin.
Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1970 e sete anos depois ingressou na chefia da seção de História da Fundação Casa de Rui Babosa.
Entre outros livros, publicou Brasileiro tipo 7 (1934), Os homens não falam demais (1944), Testamento de Mário de Andrade e outras reportagens (1954), Retratos de família (1957), Machado de Assis em miniatura (1957), Dom João VI e a siderurgia no Brasil (1959), Juscelino Kubitschek, uma revisão na política brasileira (1960).