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Stênio Gardel: ‘talvez a tristeza do meu livro possa ser bem lida e recebida'
Depois de uma estreia premiada com o romance “A palavra que resta”, Stênio Gardel compartilha os bastidores de “Bento vento tempo”, seu primeiro livro ilustrado
A pandemia e necessidade de isolamento social obrigaram as escolas e as secretarias de ensino a se adaptarem a um novo formato de aulas de uma semana para outra: o ensino remoto e online. Poucas instituições e profissionais estavam preparados para essa modalidade, porque a maioria nunca recebeu treinamento para o uso de plataformas digitais. E a verdade é que cobrar dos educadores essa habilidade não seria justo. Mas reconhecer o esforço de todos é necessário e revelar aqueles que tiveram iniciativas inspiradoras pode ser de grande ajuda para o sistema de educação como um todo.
Diante de todas as dificuldades, tentativas e erros, muitos profissionais conseguiram inovar, criar projetos diferenciados, que despertam o interesse do grupo mesmo à distância, e viraram modelos a serem seguidos, inclusive para para quando as aulas voltarem a ser presenciais. O Blog da Letrinhas traz, nesta série, os "Bons exemplos da quarentena". Confira a primeira reportagem:
É preciso inovar nas aulas online, fato. Conseguir que os alunos se interessem e se envolvam no aprendizado é desafiador. Mas na Escola Nossa Senhora das Graças, o Gracinha, em São Paulo (SP), a professora Elody Moraes conseguiu fazer isso com os alunos do quinto ano usando a técnica do stop motion (processo em que várias fotos tiradas em sequência são editadas e viram um filme, com movimento). O conteúdo de ciências naturais a ser trabalhado era o sistema solar. "Era para ser em grupo, só que acabaram tendo que elaborar individualmente. À distância é mais difícil fazer eles entenderem toda a proposta, tivemos que dar um passo a passo bem detalhado, mas eles ficaram bem animados", conta.
Cena de stop motion feito por aluna da Escola Nossa Senhora das Graças
Primeiramente, as crianças fizeram pesquisas sobre diversos assuntos - como o que é uma estrela, um planeta, um cometa, os movimentos da Terra, entre outros. Então, tinham de escolher o tema que iriam abordar no filme e fazer o roteiro. Na sequência, pensavam no cenário, os objetos que usariam, quais seriam os personagens.
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Depois, faziam as fotos e usavam o aplicativo Studio Stop Motion para fazer o produto final. "Construir um filme é desafiador para eles e ficam todos muito motivados. O [fato de o] celular ser uma ferramenta de aprendizado também ajuda, afinal, eles pedem muito por isso. É bacana porque, ao final, temos produtos únicos e originais", conclui.
Clique aqui para ver os trabalhos em stop motion da Escola Gracinha
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