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Stênio Gardel: ‘talvez a tristeza do meu livro possa ser bem lida e recebida'
Depois de uma estreia premiada com o romance “A palavra que resta”, Stênio Gardel compartilha os bastidores de “Bento vento tempo”, seu primeiro livro ilustrado
Esta é a segunda reportagem da série Bons exemplos da quarentena, que mostra como a criatividade dos educadores para reinventar as aulas tem propiciado excelentes ações para se inspirar.
Na Escola da Vila, em São Paulo (SP), assim que começou a quarentena, a professora Viviane Rei adaptou o momento da contação de história. Todos os dias, ela lia um livro, filmava e mandava para os alunos de suas turmas de primeiro ano. Até que resolveu pedir que as crianças fizessem isso no lugar da professora um dia da semana. "Então eles escolheram uma história que gostavam e sabiam bem contar e filmaram. Podia pedir também para a mãe, o pai, os avós lerem se quisessem. E, assim, um dia da semana sempre é de história que as crianças leem para os colegas da turma", conta.
Viviane ressalta que, quando iniciou-se o isolamento e as aulas foram suspensas, as crianças tinham ficado pouco tempo na escola e ainda estavam construindo vínculos, que tiveram que ser feitos à distância. "A gente tem aprendido na prática mesmo o que fazer para manter as crianças motivadas. E sentido quando estão cansadas, aí lançamos mão de um projeto gostoso, de uma receita juntos, uma brincadeira", diz.
Esse projeto de leitura foi um que propiciou bastante envolvimento dos alunos. Para fechar com chave de ouro, Viviane organizou uma surpresa após ler com a turma um livro que faz muito sucesso com as crianças, A Fantástica Fábrica de Chocolates. "Enviamos cartas aos alunos dizendo que éramos os Willy Wonka, mandamos o chocolate Wonka e fizemos um lanche coletivo à distância para ler o último capítulo do livro. A gente vai se reinventando!", conclui a professora.
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