Em trinta anos cabem quantas vidas? Quantas pessoas podemos conhecer? Quantos lugares visitamos? Quantos idiomas e novas palavras podemos aprender? Neste mês de maio, a Companhia das Letrinhas, o primeiro selo para crianças do Grupo Companhia das Letras, que hoje agrega outros três selos para crianças e jovens (a Pequena Zahar, a Brinque-Book e a Escarlate), completa três décadas! Mas o “aniversário da Letrinhas” – como carinhosamente apelidamos entre a equipe – será o ano todo.
Para começar, convidamos os leitores para um passeio pelos 30 primeiros livros que consolidaram o percurso da Companhia das Letrinhas até aqui.
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Se hoje assopramos essas dezenas de velinhas, é porque estivemos acompanhados dos escritores e ilustradores que imaginaram incontáveis histórias, das mais divertidas até as mais emocionantes, passando por outras de arrepiar os cabelos e rachar o bico. Vamos relembrar algumas delas?
Há muitas curiosidades saborosas, como o primeiro título do catálogo, a primeira edição que a Companhia das Letrinhas lançou do clássico infantil A arca de Noé, com texto de Vinicius de Moraes e ilustrado por Laurabeatriz, a autora com maior tempo de casa. São também dela as ilustrações do título publicado logo em seguida a este, Alice no país das maravilhas, de Lewis Carroll.
Para a professora, crítica literária e especialista em literatura infantojuvenil Silvia Oberg, essa seleção nos permite observar a proposta que a Letrinhas trouxe de inovar o mercado editorial no segmento infantil com a publicação de livros de autores estrangeiros e nacionais, clássicos e contemporâneos. A presença de clássicos da literatura infantil, como Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, os livros protagonizados por Babar, de Jean de Brunhoff, as histórias e ilustrações de Beatrix Potter, ao lado de escritores e ilustradores mais contemporâneos, como Babette Cole com livros irreverentes e até polêmicos para a época, revela o olhar atento à importância da diversidade de autores, ilustradores, estilos, gêneros e projetos gráficos”, defende.
Uma seleção de livros que movimentou e marcou o mercado editorial nos anos 1990 e contribuiu para o fortalecimento da qualidade dos livros infantis publicados no Brasil.
(Silvia Oberg)
A lista abaixo reúne nossos 30 primeiros títulos publicados. O grande estreante do selo, nosso primogênito A arca de Noé, ainda está no catálogo e pode ser encontrado no site da Companhia das Letras. Alguns outros da lista já estão esgotados ou fora do catálogo. Para saber mais sobre cada livro é só clicar nos títulos.
Catálogos são uma espécie de documento de identidade das editoras. (Silvia Oberg)
Vamos lá?
1. A arca de Noé, de Vinicius de Moraes, ilustrado por Laurabeatriz (1991)
Mais conhecidos pelo disco feito para crianças, os poemas de A arca de Noé foram escritos por Vinicius muitos anos antes de sua primeira edição. Eram feitos para seus filhos Suzana e Pedro de Moraes. Por muito tempo, eles ficaram guardados. Só em 1970, o conjunto de poemas infantis alcançou o mundo. Na Companhia das Letrinhas, há também outra edição da obra, publicada em 2004 e ilustrada por Nelson Cruz. A arca de Noé tornou-se um dos livros mais populares de Vinicius de Moraes, por ter criado um laço afetivo com as crianças que conecta gerações de leitores dos anos 70 até hoje.
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2. Alice no país das maravilhas, de Lewis Carroll, ilustrado por Laurabeatriz (1992)
Uma das histórias mais conhecidas da literatura para a infância nasceu dentro de um barco, enquanto um tio obstinado em entreter as sobrinhas acabou criando, quase sem querer, uma obra-prima universal. O tio em questão é Lewis Carroll, que ganhou sua primeira edição pela Letrinhas em 1993. Assim como A arca de Noé, o livro ganhou as ilustrações inconfundíveis de Laurabeatriz. Clássico incontestável, Alice no país das maravilhas é até hoje um grande quebra-cabeça que críticos e leitores tentam decifrar desde o ano de sua publicação original, em 1862.
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3. Uma letra puxa a outra, de José Paulo Paes, ilustrado por Kiko Farkas (1992)
Este foi um livro que marcou o lançamento da Companhia das Letrinhas, por ser o primeiro título inédito do selo. É também o primeiro em parceria entre o poeta José Paulo Paes e o ilustrador Kiko Farkas, que fizeram aqui um abecedário poético. No livro, cada letra ganhou uma quadrinha cheia de ritmo e brincadeiras engenhosas com as palavras. "Nada mais nada: nada / Nada menos nada: nada / Peixe com peixe: nada / Peixe sem peixe: nada". O título recebeu o Prêmio Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, e o Prêmio Jabuti 1993 de Melhor Produção Editorial Infantil.
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4. As aventuras de Pedro, o coelho, de Beatrix Potter (1992)
Há mais de cem anos, nascia um dos coelhos mais famosos da literatura infantil, traduzido no Brasil como "Pedro Coelho", um personagem querido por crianças de diversas gerações ao redor do mundo. O primeiro livro de Beatrix Potter publicado pela Letrinhas traz quatro histórias da série: "A história de Pedro Coelho", "A história do coelho Benjamin", "A história dos coelhinhos Flocos" e "A história do Sr. Raposão".
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5. A história de Babar, de Jean de Brunhoff (1992)
6. O rei Babar, de Jean de Brunhoff (1992)
7. A viagem de Babar, de Jean de Brunhoff (1992)
Em 1992, a Letrinhas trouxe para o Brasil três títulos da clássica coleção francesa que conquistou as crianças na década de 1930 e hoje já conta com 19 histórias no total. Publicado originalmente em 1931, o simpático elefante Babar encanta leitores de todo o mundo há décadas. O autor, Jean de Brunhoff, baseou-se numa história inventada por sua mulher, Cécile, para os dois filhos do casal. Jean, até então um pintor pouco expressivo, encontrou sua vocação escrevendo as aventuras desse elefantinho e revolucionando a ilustração infantil com traços que incorporavam elementos do modernismo. Hoje, Babar é um clássico em suas dezenove histórias, traduzidas em dezoito línguas.
Babar perdeu a mãe quando era apenas um bebê. Uma história com esse início trágico pode interessar a alguma criança? Pode, dependendo do modo como for contada e de como continua, e é este o caso das narrativas de Jean de Burnhoff. Babar perde a mãe, mas depois ganha amigos, conhece a cidade, socializa-se, retorna a seu mundo, torna-se rei, casa-se, enfrenta perigos e se salva, porque, a despeito da tragédia, há todo um mundo para ser vivido, explorado e refeito. São histórias que delineiam uma metáfora sutil da entrada das crianças na vida real.
A coleção do elefante Babar, de Jean de Brunhoff, nasceu na Franca na década de 1930, e encanta gerações de leitores até hoje.
8. Liga-desliga, de Camila Franco e Marcelo Pires, ilustrado por Jarbas Agnelli (1992)
"Era uma vez uma televisão que não saía da frente de um menino." Assim começa Liga-desliga, um livro que inverte uma relação perfeitamente comum hoje em dia. Os três autores, todos publicitários, sabem que a TV ocupa no mundo infantil tanto ou mais espaço do que a escola, a bola ou a boneca. Liga-desliga trata sem preconceitos desse assunto tão importante para pais e educadores - mas quem gosta mesmo da história são as crianças.
9. Charlie e a misteriosa máquina de umbigos, de Keith Faulkner (1992)
Nesta história, os autores contam sobre um roubo de umbigos – e para saber o que o espera basta o leitor imaginar como se sentiria se perdesse essa parte do seu corpo (e da sua mente).
10. Essa não!, de Keith Faulkner, ilustrado por Joanathan Lambert (1992)
Traduzido por Lilia Schwarcz e Júlia Schwarcz, este é o primeiro livro-brinquedo de Keith Faulkner e Lambert, que se tornou bastante conhecida por seu trabalho com a materialidade da obra. Há dezenas de livros dos autores no catálogo, como O sapo bocarrão (1996), O ursinho apavorado (2000), O soluço do Lúcio (2004) e A girafa que cocoricava. Essa não é um livro gigante cheio de surpresas, que explora a curiosidade e o medo do escuro das crianças. A história utiliza o facho de luz de uma lanterna e as rimas como dicas para que as crianças descubram as criaturas que vão surgir nas enormes dobraduras. Ao abri-las e ao descobrir a continuidade do texto, a criança abre as portas da percepção em relação ao aprendizado.
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11. Meu pai é um problema, de Babette Cole
Traduzido por Heloisa Prieto e Lilia Schwarcz, o livro é testemunho do grande talento da autora britânica Babette Cole em construir histórias que consideram a inteligência e a sagacidade das crianças. Conhecida pela sua linguagem repleta de humor, aqui ela apresenta um pai bastante incomum, uma forma de desconstruir papéis sociais e brincar com a diversidade das muitas famílias possíveis. O "pai-problema" tem um emprego muito chato, mas, quando ele chega a sua casa, a coisa muda de figura: ele vai para a oficina e começa a inventar.
12. Minha mãe é um problema, de Babette Cole
Ter uma mãe feiticeira pode ser um transtorno, principalmente se ela anda de vassoura, veste aquele chapéu preto e pontudo, e prepara pratos esquisitos como maionese de minhoca.
13. Duendes e gnomos, de Heloisa Prieto
Histórias do Japão, dos Alpes, das margens do rio Amazona. As lendas recolhidas por Heloisa Prieto vêm de toda parte. Fruto de longas pesquisas literárias e iconográficas, Duendes e gnomos recria a figura dos antigos contadores de histórias para apresentar essas figuras do imaginário mundial.
14. Um jogo perigoso, de Beatriz Fonseca
Joaquim e Luisa inventam uma palavra que, ao ser pronunciada, tem o poder de transportá-los para um mundo desconhecido.
Ilustração de Kiko Farkas, do livro Uma letra puxa a outra (1992), escrito por José Paulo Paes.
15. Eu me lembro, de Gerda Brentani (1993)
Um livro de memórias que relata, por meio de texto e desenhos, os eventos que a artista plástica Gerda Brentani testemunhou no decorrer de sua vida. Por exemplo: o primeiro chamado telefônico, os bondes movidos a animais, os carros que nas primeiras décadas do século corriam à louca velocidade de 25 quilômetros por hora. Gerda vem até o presente, até chegar ao metrô e aos computadores. São fragmentos de memória que mostram, entre outras coisas, como cada pessoa guarda dentro de si o tempo coletivo.
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16. Um número depois do outro, de José Paulo Paes
A entrada no mundo dos números representa para as crianças uma experiência ao mesmo tempo mágica e por vezes assustadora. Para afastar os fantasmas, são muitos os recursos: contar com os dedos, numerar os palitinhos, separar os feijões… ou então brincar com imagens e letras. É esta a intenção do poeta José Paulo Paes e do artista gráfico Kiko Farkas, que enveredam pelo universo dos números, mostrando como a conjugação de poemas, bom humor e ilustrações vivas pode compor um quadro absolutamente lúdico.
17. Vice-versa ao contrário, de Heloisa Prieto, ilustrado por Spacca (1993)
Como o próprio título indica, a brincadeira aqui é colocar as histórias de ponta-cabeça, invertendo papéis e transformando o rumo de diversos clássicos literários para a infância. Fausto, Peter Pan, Don Quixote, Alice, Patinho Feio, Drácula, Sherlock Holmes: esses personagens clássicos da literatura mundial aparecem aqui em situações inesperadas, "manipulados" por sete escritores brasileiros contemporâneos: Otavio Frias Filho, Nicolau Sevcenko, Moacyr Scliar, Mônica Rodrigues da Costa, Marcelo Coelho, Marcos Rey e Heloisa Prieto.
18. Tudo é semente, de Carlos Matuck (1993)
Este é um livro sobre Santos Dumont composto de três partes: a primeira apresenta os personagens Euphrates e Mogadom; a segunda conta sobre a criação do Demoiselle; na terceira, há uma detalhada cronologia da vida do aviador. Uma obra inteligente que associa informação e imaginação, Tudo é semente diverte crianças e adultos através de uma viagem inesquecível por um mundo de homens que apostaram tudo na força de suas invenções.
19. Viajantes de Gleb, de Walmir Thomazi Cardoso, ilustrado por Rubens Matuck (1993)
Uma narrativa ficcional que poderia ter ocorrido de fato... A história gira em torno de certo ritual realizado pelos inteligentes seres do planeta Urupin. Verdade ou ilusão, é esta a história que Walmir Thomazi Cardoso escreveu e Rubens Matuck ilustrou. Dessa mistura entre um artista e um astrônomo surge um texto rico em ideias, conceitos e imagens. No final do livro, o leitor encontrará um glossário de termos técnicos que comprovam como são curtos os caminhos que separam o mundo real do mundo imaginário.
20. A saga de Siegfried, de Tatiana Belinky, ilustrado por Odilon Moraes
Estreia do autor Odilon Moraes no catálogo da Letrinhas – aqui como ilustrador estritamente –, o livro traz um reconto escrito pela premiada Tatiana Belinky de uma famosa epopeia germânica do século XIII, que desde então vem servindo de inspiração a inúmeros artistas, dentre os quais Wagner, que compôs a famosa ópera O anel de Nibelungo. Nesta versão, a autora privilegia as aventuras de Siegfried, que conquista o tesouro dos nibelungos - os ricos anões vassalos do rei Nibelung - e ajuda o rei Gunther a conquistar a mão da poderosa rainha da Islândia, Brunhilde.
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21. Abc do zôo, de Pedro Maia Soares, ilustrado por Luise Weiss (1993)
Trata-se de um "bichário" da fauna brasileira, escrito com graça e leveza pelo premiado contista Pedro Maia e ilustrado pelo traço pessoal da conhecida artista Luise Weiss. Aqui, tem anta, bicho preguiça, capivara, dourado, escorpião, formiga, gambá, harpia, irerê, e até o zangão. O livro traz uma coleção de "retratos" que mostram o que cada bicho tem de mais característico, como ele se comporta, o que gosta de comer, e outras curiosidades divertidas.
22. A verdadeira história dos três porquinhos, de Jon Scieszka, ilustrado por Lane Smith
Será que a história dos três porquinhos aconteceu do jeito que todo mundo acha que foi? E se o lobo resolvesse contar a coisa toda do seu ponto de vista? O livro marcou época ao deslocar a voz narrativa do contato clássico, dando a palavra ao lobo, que aqui narra os acontecimentos do seu ponto de vista. O autor Jon Scieszka consegue reforçar a "veracidade" da história original, contar uma história nova e engraçada e ainda dar às crianças a oportunidade para demonstrar que compreendem muito bem as coisas.
23. Magos, fadas e bruxas, de Heloisa Prieto
“Você sabe qual a diferença entre uma fada e uma bruxa?” É o que ensina esta antologia, que reúne contos e informações sobre manifestações mágicas de diferentes épocas e lugares do mundo.
24. Bem-te-vi, de Lalau e Laurabeatriz
Que a poesia pode ser uma grande brincadeira com palavras, ninguém duvida. O que a famosa dupla Lalau e Laurabeatriz - que já publicou dezenas de livros para crianças e jovens - faz aqui é alargar ainda mais as possibilidades entre a forma e a música das palavras, oferecendo aos pequenos leitores um passeio pelo universo animal, feito, como eles mesmos dizem, de "bichos bonitos e bichos esquisitos". O título recebeu o selo Altamente Recomendável pela FNLIJ em 1994, na categoria Poesia.
25. Fábulas de Esopo, de Russel Ash e Bernard Higton (1994)
Clássico do catálogo Letrinhas, o livro reúne 53 histórias com mais de 2 mil anos de vida, ilustradas pelo olhar singular de 29 artistas. Uma obra de encantamento para as crianças de hoje, e também de consulta para os adultos que adoram colecionar fábulas clássicas. Curtas e bem-humoradas, as fábulas de Esopo têm como protagonistas os animais e são reflexões sobre comportamento e costumes do cotidiano dos homens. E a boa notícia é: o livro está disponível para compra! Clique aqui para adquirir o seu.
26. Aviãozinho de papel, de Ricardo Azevedo (1994)
Uma carta de amor pode viver muitas aventuras antes de chegar no seu destinatário, principalmente se ela for um pedaço de papel que sai voando pela janela pelas mãos de um menino. Essa é a brincadeira deste que é o segundo livro da carreira do escritor e ilustrador Ricardo Azevedo, autor de dezenas de livros para crianças e jovens, e um dos mais importantes nomes da literatura brasileira. "Sempre achei bonita a ideia de colocar uma mensagem numa garrafa e atirá-la ao mar. Lá vai a garrafa boiando e quem sabe um dia, do outro lado mundo, seja pescada, aberta e lida", conta o autor.
27. Minha avó é um problema, de Babette Cole (1994)
Já imaginou uma vovó mais disposta a aprontar que seu neto? Parte de uma coleção de Babette Cole que brinca com outros membros da família, Minha avó é um problema tornou-se um clássico da literatura infantil mundial. Marcado pelo sarcasmo com um quê de nonsense característico da autora, a história traça um perfil diverso da terceira idade, retratando a protagonista como uma senhora divertida, sagaz e engraçada.
28. Da pequena toupeira que queria saber quem tinha feito cocô na sua cabeça, de Werner Holzwarth (1994)
Escatologia, humor, repetição e animais: ingredientes para compor um sucesso certeiro? Clássico da literatura infantil mundial e vencedor, no Brasil, do prêmio FNLIJ 1994, o livro ousa em colocar para o leitor criança complexas questões universais do sujeito, a partir de um enredo aparentemente banal. "Wolf Erlbruch faz das questões existenciais algo acessível e palpável para leitores de todas as idades. Sua obra mostra o pequeno dentro do grande, com humor e carinho profundamente enraizado em ideais humanistas", afirmou o júri do Prêmio Astrid Lindgren Memorial Awards (Alma), recebido pelo autor em 2017.
29. A história de Dona Ratatinha, de Beatrix Potter (1995)
Para quem já conhece a obra de Beatrix Potter, famosa principalmente pelo personagem Pedro, o Coelho, este livro é uma outra janela de entrada no universo delicado e minucioso da autora. Uma reunião de fábulas protagonizadas por adoráveis ratos, como o famoso conto O alfaiate de Gloucester, publicada originalmente pela escritora inglesa em 1903, em que um senhor costureiro precisa terminar o casaco perfeito até a véspera de Natal. O livro é uma mostra do poder das histórias para atravessar os séculos e encantar as crianças de hoje com um texto do início do século XX.
30. Sete contos russos - Vários autores. Ilustrado por Odilon Moraes e traduzido por Tatiana Belinky
Você sabe o que são bogatires, popes, cossacos e boiardos? Este livro te conta. Trata-se de uma compilação de fábulas ancestrais da Rússia, recheadas de monstros marinhos, feiticeiros, bruxas e outros seres encantados. O livro oferece ao leitor uma conexão com a literatura universal, a partir de nomes como Tolstoi, Púchkin, ou com o cinema revolucionário de Eisenstein.