Hoje, a menina que se tornou símbolo da luta pela educação ao desafiar o Talibã para frequentar a escola e sobreviveu a um atentado não tem mais nada de menina. 

Malala Yousafzaif é uma mulher de 28 anos, casada e que continua sua luta como ativista de direitos humanos. Ela é uma das fundadoras do Fundo Malala, uma organização não-governamental que faz advocacy pelo direito das meninas à educação e que está presente no Afeganistão, na Etiópia, na Nigéria, no Paquistão, na Tanzânia e também no Brasil. 

Embora muita gente ainda se lembre dela como uma garota, Malala faz questão de usar suas redes sociais para mostrar que sua vida agora é bem diferente do que as pessoas lembram e decidiu contar a própria história. Ela acaba de lançar No meu caminho (Companhia das Letras, 2025), com tradução de Berilo Vargas e Lígia Azevedo, um livro de memórias em que ela reconta sua trajetória além das manchetes. Em um relato franco, que traz episódios surpreendentes, ela mostra o lado humano que habita o avesso do ícone. Esse, claro, é um livro para adultos…

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Mas há muitas obras que podem apresentar a trajetória inspiradora de Malala para os leitores que ainda estão longe de chegar à vida adulta. Fizemos uma seleção de livros que recontam a vida de Malala de uma forma própria para as crianças:

Malala, a menina que queria ir à escola (Companhia das Letrinhas, 2015), de Adriana Carranca com ilustrações de Bruna Assis Brasil

Neste livro-reportagem, a jornalista Adriana Carranca relata a história real e intensa de Malala de uma forma envolvente para crianças. Adriana viajou até o vale do Swat, no Paquistão, onde Malala nasceu, dias depois do atentado que a tornou um ícone da luta pelo direito das meninas à educação. 

Malala e seu lápis mágico (Companhia das Letrinhas, 2018), de Malala Yousafzai com ilustrações de Kerascoët e tradução de Lígia Azevedo

“De onde eu venho, muitas garotas não podem se tornar o que sempre sonharam.” A frase é da própria Malala neste livro em que ela resgata as primeiras experiências que despertaram nela a vontade de lutar por um mundo mais justo em um exercício poético. E se ela tivesse um lápis mágico capaz de apagar o que não é bom e tornar real os desejos que desenhamos?

Meu nome é Malala (Companhia das Letrinhas, 2024), de Malala Yousafzai com ilustrações de Mariam Quraishi e tradução de Lígia Azevedo

Malala é desde muito cedo uma grande ativista que se tornou um símbolo. Mas ela também é muitas outras coisas: irmã, filha, amiga. É esse lado humano de Malala que se mostra com simplicidade nas páginas desta edição cartonada, que facilita a experiência de leitores da primeiríssima infância.

Malala - pelo direito das meninas à educação (Pequena Zahar, d2019), de Raphaële Frier e  Aurélia Fronty, com tradução Eliana Aguiar

A história de Malala é contada por meio de um texto emocionante, combinado a ilustrações belíssimas. A luta da ativista pelo direito à educação ganha cores, rostos e movimento, e se expande nos caminhos traçados por Malala ao redor do mundo. 

(Texto: Naíma Saleh)