Mestre Paes traz ao português dois extremos do grande poeta latino: a elegia erótica de sua primeira obra, Amores, e o lamento solitário das duas últimas, Triste e Pônticas, escritas no desterro, nas quais desponta uma nova subjetividade lírica.
Mestre Paes traz ao português dois extremos do grande poeta latino: a elegia erótica de sua primeira obra, Amores, e o lamento solitário das duas últimas, Triste e Pônticas, escritas no desterro, nas quais desponta uma nova subjetividade lírica.
Nascido na cidade de Sulmo, nos Apeninos, a leste de Roma, em 43 a.C., Publius Ovídio Naso é o último dos grandes autores de elegias na literatura latina, dentro de uma tradição que vai de Galo a Catulo, Tibulo e Propércio. Ao mesmo tempo, a obra de Ovídio marca a superação do caráter "impessoal" da lírica romana, apontando para uma nascente subjetividade, expressa sobretudo em seus poemas de exílio. Poemas da carne e do exílio é uma antologia que procura flagrar justamente esses dois aspectos da obra de Ovídio. Concebido e traduzido pelo poeta José Paulo Paes, que já havia vertido os Poemas da antologia grega ou palatina para a Companhia das Letras, o volume contrapõe os Amores, primeira obra de Ovídio, a Triste e às Pônticas, seus dois últimos livros.