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Mauricio Santana Dias apresenta “Bambino a Roma”, novo livro de Chico Buarque: “Trata-se de um duplo retorno ao passado”
O consagrado tradutor e professor fala sobre o novo romance de Chico, que mistura ficção às memórias da infância do autor
Foto: Ian Hanning, Réa/Contrasto
O cientista italiano radicado na França Carlo Rovelli dedica a sua vida a tentar ampliar os limites do que se sabe sobre o universo e suas leis. Autor do best-seller Sete breves lições de física (Objetiva), que na Itália desbancou romances comerciais populares e foi sucesso de vendas também nos Estados Unidos e no Reino Unido, Rovelli apresenta temas da física contemporânea com uma linguagem acessível e poética, aproximando do público leigo assuntos que até pouco tempo se mantinham restritos às teses acadêmicas. Com o lançamento de A realidade não é o que parece no Brasil, o físico conversou com o Blog da Companhia. Na entrevista, ele fala sobre as questões que desafiam a física contemporânea e comenta a recente descoberta de um sistema solar formado por sete exoplanetas semelhantes à Terra.
Seus livros, A realidade não é o que parece e Sete breves lições de física, tiveram um ótimo desempenho de vendas não só na Itália, mas também em países como os Estados Unidos e Reino Unido. Como você se sente com relação a esse sucesso? Do seu ponto de vista, o que atraiu a atenção dos leitores?
É um sentimento fantástico. Sinto-me bem próximo aos leitores e recebo muitos e-mails e cartas. Sou muito grato a eles. É incrível ter a possibilidade de comunicar o que considero fascinante e ver essas ideais circularem. Na minha opinião, o que atrai o interesse dos leitores é o fato de escrever sobre física, uma ciência tão dura, mas de uma forma que não seja incompatível com a nossa humanidade. Na verdade, busco a conexão entre as duas.
Em A realidade não é o que parece, você escreve sobre temas que desafiam atualmente os cientistas e aos quais eles se dedicam com o objetivo de desvendar os grandes mistérios do universo e suas leis. Se pudesse escolher um tema que mais lhe deixa intrigado, qual seria? E por quê?
O tempo. Porque, mais do que qualquer outro assunto, “não é o que parece”, e também porque ainda é um grande mistério. E este mistério está conectado a temas bastante relevantes para nós, como nossa consciência e mortalidade.
Recentemente, a NASA divulgou a descoberta de sete novos exoplanetas onde, desconfiam, possam encontrar outras formas de vida. Para você, qual a importância desta descoberta? E o que ela pode revelar sobre a existência de planetas habitáveis fora do nosso sistema solar?
Esta descoberta específica é apenas uma dentro de uma longa série. Já havíamos encontrado planetas semelhantes ao nosso e acharemos outros mais. Tudo isso é muito importante, acredito, porque confirma que não há nada de excepcional sobre nós. Somos apenas um entre os tantos acidentes do universo. É bem possível que existam muitas outras coisas parecidas conosco. E, o que é ainda mais interessante, é também provável que haja muitas outras coisas que não se assemelham a nós, mas sejam igualmente fascinantes.
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