
Rádio Companhia: Histórias que as imagens contam - e escondem
No episódio desta semana da Rádio Companhia, Lilia Moritz Schwarcz e Thiago Amparo conversam sobre o livro "Imagens da branquitude: a presença da ausência"
O jornal norte-americano The New York Times, em parceria com 503 romancistas, poetas, críticos e amantes dos livros, selecionou os cem melhores livros publicados no século XXI. Através de um formulário, cada um dos convidados selecionou seus dez livros favoritos.
A Companhia das Letras foi a editora brasileira que mais publicou títulos da lista, totalizando 31 obras.
Abaixo, você pode conferir todos os nossos livros, e seus lugares neste pódio do Times! Os títulos indisponíveis no catálogo estarão disponíveis em breve, fique de olho em nossas redes sociais para novidades.
A versatilidade da arte é o tema por trás das trajetórias de amor e injustiça que aqui se espelham dissolvendo gêneros, formas, tempos, realidades e ficções. Com técnica análoga à pintura de afrescos, Smith cria uma original história de duplos, protagonizada por um pintor renascentista dos anos 1460 e uma neta dos anos 1960.
Com graça e inteligência excepcionais, uma das mais aclamadas escritoras inglesas da nova geração narra a história da rixa entre dois intelectuais ingleses, e os conflitos que surgem do cruzamento dos destinos de suas famílias.
Em 1998, uma histeria puritana se apodera dos Estados Unidos, na esteira do escândalo sexual que envolveu o presidente da República e uma estagiária na Casa Branca. No mesmo ano o professor universitário Coleman Silk vê sua vida destruída por acusações de racismo e abuso sexual.
Um épico de amor e traição. O leitor acompanha um agente duplo comunista sem nome, que se infiltrou no exército sul-vietnamita e conseguiu se refugiar nos Estados Unidos depois da Queda de Saigon. Pessoa de confiança de um general que se recusa a admitir a derrota para os vietcongues, esse "homem de duas mentes" observa o esforço dos refugiados vietnamitas para sobreviver em uma melancólica Los Angeles enquanto secretamente reporta a seus superiores comunistas no Vietnã.
Com a precisão de um biólogo, a visão de um historiador e a paixão de um biógrafo, o oncologista Siddhartha Mukherjee traça uma biografia detalhada do câncer, do primeiro registro às mais avançadas pesquisas, últimas descobertas e expectativas para o futuro, abrindo caminho para a desmitificação dessa doença tão temida.
Lucia Berlin teve uma vida repleta de eventos e reviravoltas. Aos 32 anos, já havia vivido em diversas cidades e países, passado por três casamentos e trabalhado como professora, telefonista, faxineira e enfermeira para sustentar os quatro filhos. Lutou contra o alcoolismo por anos antes de superar o vício e tornou-se uma aclamada professora universitária em seus últimos anos de vida. Desse vasto repertório pessoal, Berlin tira inspiração para escrever os contos que a consagraram como uma mestre do gênero.
Numa cidade não nomeada, os jovens Saeed e Nadia iniciam um romance constrangido pelas pressões religiosas e sacudido pela crescente violência de uma guerra civil. Quando ouvem rumores da existência de portais clandestinos que levam a outros países, eles resolvem se arriscar numa aventura sem volta. Ao lado dos protagonistas, o leitor é levado aos mais diversos cenários geográficos e humanos, numa jornada vertiginosa e cheia de surpresas.
Na prosa precisa e elegante de Elizabeth Strout, o leitor conhecerá esta professora de matemática aposentada da pequena Crosby, no litoral do Maine. Ao longo de quase trinta anos, acompanhamos sua trajetória: a passagem da maturidade à velhice, suas próprias agruras e os pequenos e grandes dramas que a cercam, assim como as vidas que se desenrolam ao seu redor e que ilustram à perfeição o drama humano, feito de desejo, desespero, ciúme, esperança e amor.
O povo russo assistiu com espanto à queda do Império Soviético. A política de abertura do governo Gorbatchóv impôs uma mudança drástica da estrutura social, do cotidiano e, sobretudo, da direção ideológica da população. Em O fim do homem soviético, Svetlana Aleksiévitch examina a vida das pessoas afetadas por essa transformação.
Trilogia de Copenhagen é a obra-prima de Tove Ditlevsen (1917-1976), uma das principais vozes da literatura dinamarquesa do século XX, e reúne três volumes autobiográficos. Em Infância, acompanhamos a história dos primeiros anos da escritora, que cresceu em um bairro operário e sonha em se tornar poeta. Juventude descreve suas primeiras experiências sexuais e profissionais e a conquista de sua independência. No terceiro volume, Dependência, Tove já é conhecida nos círculos literários – mas sua vida pessoal entra em colapso comcasamentos conturbados e o vício em opioides.
Resultado de uma ampla investigação sobre as tensões entre identidade e diferença em famílias com filhos portadores de deficiências físicas, mentais e sociais, Longe da árvore é um ensaio monumental sobre a tolerância e a valorização da diversidade.
Logo no primeiro parágrafo, o leitor se dá conta de que a ação transcorre no tempo em que o aviador Charles Lindbergh – o primeiro a atravessar o Atlântico a bordo de um avião – foi presidente dos Estados Unidos. Quando Franklin D. Roosevelt, ao tentar reeleger-se para um terceiro mandato, perde para Lindbergh, o cenário se torna sombrio. O aviador é um ardoroso defensor da Alemanha nazista, um homem para quem os Estados Unidos deveriam se defender da "diluição nas raças estrangeiras". A vida da família Roth – e, potencialmente, o mundo – nunca mais será como antes.
*livro disponível apenas em e-book
Narrado por uma personagem intersexual, o segundo romance de Jeffrey Eugenides é uma reinvenção do épico americano, que alia as tradicionais sagas familiares à mais virtuosa narrativa pós-moderna.
O vulto das torres mostra pela primeira vez os bastidores da história que culminou com os ataques terroristas de 11/9, revelando a gênese das concepções radicais islâmicas, o nascimento da Al-Qaeda e as desavenças entre os órgãos de inteligência americanos.
Uma visão alucinante e sarcástica da vida contemporânea nos contos inventivos e emocionantes de um mestre da narrativa norte-americana. Seus dez contos formam um vasto painel da vida contemporânea, apresentando nossas neuroses, comédias de erros, relações amorosas e outros traços da realidade do século XXI.
Marjane Satrapi tinha apenas dez anos quando se viu obrigada a usar o véu islâmico, numa sala de aula só de meninas. Nascida numa família moderna e politizada, em 1979 ela assistiu ao início da revolução que lançou o Irã nas trevas do regime xiita - apenas mais um capítulo nos muitos séculos de opressão do povo persa. Persépolis é sua autobiografia em quadrinhos.
*livro disponível apenas em e-book
Em Compaixão, Toni Morrison recua mais na história e vai à origem, a 1690, quando a própria nação norte-americana estava nascendo, cem anos antes da Declaração de Independência. Morrison nos faz lembrar que o começo do regime escravagista se confunde com esse início da nação, os dois cresceram juntos. A autora vê, nesse alvorecer do país, a possibilidade de uma escravatura sem racismo, que junta brancos, negros e indígenas numa mesma árdua luta pela sobrevivência na natureza inóspita do nordeste americano.
O pintassilgo é uma hipnotizante história de perda, obsessão e sobrevivência, um triunfo da prosa contemporânea que explora com rara sensibilidade as cruéis maquinações do destino.
*livro disponível apenas em e-book
Ao longo de novecentas páginas, o autor vai de Portugal à Rússia, abrangendo 34 países e cobrindo um período de sessenta anos em uma só narrativa. Com uma abordagem inovadora, Judt trata praticamente todo o século XX como "o epílogo da Segunda Guerra" e considera o ano de 1989, marcado pelo colapso do comunismo e a queda do muro de Berlim, como o começo do fim do pós-guerra.
Os personagens principais deste livro são os amigos Ulises Lima e Arturo Belano, dois poetas que decidem investigar o que teria acontecido com Cesárea Tinajero, uma misteriosa e desaparecida poeta da vanguarda mexicana. Mas embora a história gire em torno destes dois "detetives selvagens", o verdadeiro detetive do romance é o leitor.
Em um trabalho profundo que articula grandes questões da história com as preocupações mais íntimas de um pai por um filho, Entre o mundo e eu apresenta uma nova e poderosa forma de compreender o racismo. Um livro universal sobre como a mácula da escravidão ainda está presente nas sociedades em diferentes roupagens e modos de segregação.
*Livro fora de catálogo no momento. Retornará em breve!
O romance narra a história de dois amigos que se conheceram durante a Segunda Guerra Mundial - o inglês branco Archie Jones e o bengali Samad Iqbal. O final da guerra os separa, mas eles vão se encontrar em Londres 30 anos depois, onde moram com suas respectivas esposas e filhos. Em comum, os pais têm a dificuldade em lidar com os filhos, que adentram a idade adulta nos conturbados anos 90. Os pais não sabem o que fazer da nova geração. E a nova geração não sabe o que fazer com a própria vida.
Neste livro, David Mitchell combina o gosto pela aventura, o amor pelo quebra-cabeça nabokoviano e o talento para a especulação filosófica e científica na linha de Umberto Eco, Haruki Murakami e Philip K. Dick. Conduzindo o leitor por seis histórias que se conectam no tempo e no espaço – do século XIX no Pacífico ao futuro pós-apocalíptico e tribal no Havaí –, Mitchell criou um jogo de bonecas russas que explora com maestria questões fundamentais de realidade e identidade.
Uma das mais importantes autoras nigerianas do século XXI, Chimamanda Ngozi Adichie parte de uma história de amor arrebatadora para debater questões prementes e universais como imigração, preconceito racial e desigualdade de gênero.
Por não entender o mundo adulto da paixão e da sexualidade, Briony Tallis, uma menina inocente que sonha ser escritora, acusa injustamente seu irmão de criação. Drama psicológico que tem como pano de fundo a Segunda Guerra Mundial e as tensões de classe da sociedade britânica.
*livro disponível apenas em e-book
Em 1862, em meio à Guerra Civil Americana, morre, aos onze anos de idade, Willie Lincoln, filho do lendário presidente Abraham Lincoln. A tragédia leva a um luto desesperado o homem que daria fim à escravidão nos Estados Unidos.
*livro disponível apenas em e-book
Num futuro não muito distante, o planeta encontra-se totalmente devastado. As cidades foram transformadas em ruínas e pó, as florestas se transformaram em cinzas, os céus ficaram turvos com a fuligem e os mares se tornaram estéreis. Os poucos sobreviventes vagam em bandos. Um homem e seu filho não possuem praticamente nada. Apenas uns cobertores puídos, um carrinho de compras com poucos alimentos e um revólver com algumas balas, para se defender de grupos de assassinos.
Kathy, Tommy e Ruth são clones criados para doar órgãos. Tendo esse cenário de ficção científica por pano de fundo, e o triângulo amoroso como gancho, o ganhador do prêmio Nobel de Literatura de 2017 fala de perda, de solidão e da sensação que às vezes temos de já ser “tarde demais”.
*livro disponível apenas em e-book
Obra-prima de W. G. Sebald e um dos grandes romances deste século, Austerlitz é a crônica de um homem em busca de sua biografia. Vagando pela Europa ao sabor do horário dos trens e da erudição acadêmica, o professor Jacques Austerlitz mal suspeita que está a ponto de encontrar seus próprios passos perdidos em outro país e em outra época.
Fiel aos dois principais temas que atravessam toda a obra do autor chileno - violência e literatura -, o livro é composto de cinco romances, interligados por dois dramas centrais: a busca por um autor recluso e uma série de assassinatos na fronteira México-Estados Unidos.
*livro disponível apenas em e-book
Uma saga contemporânea tragicômica, que vai de Nova York à Lituânia, e expõe dramas pessoais, crises conjugais e os conflitos que separam duas gerações de uma típica família dos Estados Unidos nos anos 1990.
No episódio desta semana da Rádio Companhia, Lilia Moritz Schwarcz e Thiago Amparo conversam sobre o livro "Imagens da branquitude: a presença da ausência"
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O livro de József Debreczeni, escrito em 1950 e traduzido do húngaro setenta anos depois, é uma das grandes obras da literatura sobre o Holocausto. Leia o primeiro capítulo