Os melhores livros infantis de 2017

12/06/2018

 

Um passeio afetuoso pelas ruas apagadas de uma cidade, novas regras para libertar jovens leitores, possibilidades de um dia a dia mais criativo e divertido, uma narrativa marcada pela passagem do tempo. Essas foram algumas das histórias selecionadas pela Revista Crescer para a lista dos melhores 30 livros infantis publicados em 2017.

A lista, que existe há 13 anos, usa como critérios de escolha criatividade, inovação e qualidade de texto, ilustração e de projeto gráfico. Para isso, são convidados 38 jurados, incluindo educadores, psicólogos, críticos, pesquisadores e livreiros, que têm a difícil missão de citar e pontuar cerca de 195 obras lançadas em cada ano. Desse total, 30 são selecionadas.

Na última edição, a revista destacou uma forte presença de lutas contemporâneas e de questões existenciais nas narrativas. "Assuntos relacionados a gênero e diversidade afloraram em títulos que ora liberam meninos e meninas da divisão por sexo no vestuário, ora não entendem qual é a cor de um ‘lápis cor de pele’. Sinais dos novos tempos...". Com a ideia de ajudar pais a selecionarem obras para os filhos, as dicas da revista revelam novos universos a serem explorados pelos pequenos.

A lista ainda revela o vencedor do tradicional Troféu Monteiro Lobato de Literatura Infantil, que nesta edição homenageia o trabalho de Odilon Moraes, que ilustrou Direitos do pequeno leitor e tantos outros livros. A premiação é pelo seu "trabalho meticuloso de pesquisa e de refinamento com a arte da ilustração e da escrita que se refletem em livros excepcionais". Confira abaixo os livros da Companhia das Letrinhas que foram selecionados e, para conhecer a lista completa, clique aqui.
 

O tempo revelado pelas mãos

As mãos que afagam, confortam e se estendem em afeto são o ponto de partida desse livro que aborda questões como o tempo e a saudade. É A quatro mãos, da premiada Marilda Castanha, que configura na lista como "uma preciosa história sobre a passagem do tempo, as perdas e as pessoas que nos ajudam a crescer e a construir nossas vidas." Confira a entrevista que fizemos com a autora para o blog.

Caminhos para um mundo mais legal

Uma série de propostas mirabolantes compõem O mundo seria mais legal, de Marcelo Tolentino. Já imaginou, afinal, se a Chapeuzinho Vermelho engolisse o Lobo Mau? E se a gente secasse no varal? Com essas ideias, Tolentino propõe a seus leitores a criação de novas possibilidades para um cotidiano mais divertido e criativo. Confira a entrevista com o autor.

Um passeio afetuoso pelas ruas

Uma menina de capuz vermelho não se rende à cidade acinzentada que a cerca: em seu passeio com um adulto, observa cores, flores, detalhes que aos outros passam despercebidos. As cores alimentam possibilidades de uma cidade mais humana e logo contaminam a todos nessa homenagem ao afeto e à gentileza: De flor em flor, de Jon Arno Lawson.

Liberdade aos leitores!

Em tempos marcados por regras e mais regras, um manifesto à liberdade: Direitos de pequeno leitor, de Patricia Auerbach e Odilon Moraes, clamam pela leitura (des)compromissada, pelo ato de ler onde e como quiser, por se imaginar o herói da história, por fazer amigos imaginários. As ilustrações de Odilon dão um toque especial ao livro, em que constrói narrativa paralela ao texto, repleta de referências a clássicos da literatura infantil. O leitor agradece. Confira a entrevista com o ilustrador.

Enquanto o sono não vem...

O que acontece quando o dia foi puxado, mas o sono tarda a chegar? É a situação contada por Susane Straber em Muito cansado, bem acordado. Na obra, uma série de animais vão aos poucos acordando e levantando da cama. Um vai ao banheiro; outro, beber um pouco de água… A solução para o problema, você descobre no final desse divertido conto cumulativo.

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