Como a infância hiperconectada está causando uma epidemia de transtornos mentais? Em A geração ansiosa, o psicólogo social Jonathan Haidt investiga este cenário e oferece um plano urgente para uma infância mais saudável e livre de telas. Best-seller do New Tork Times desde seu lançamento, a obra mostra o que podemos fazer na prática para reverter a situação e evitar danos psicológicos ainda mais profundos.
Dentro das ações sugeridas por Haidt no livro, chama a atenção uma lista com quatro medidas urgentes a serem tomadas pela sociedade. Ele acredita que, com essas providências, conseguiremos reverter a epidemia de transtornos mentais na infância em até dois anos:
1. Nada de smartphones antes do 9º ano
Celulares básicos e relógios inteligentes – como Apple Watches – estão liberados. Segundo o psicólogo, os millenials tinham celulares básicos e não sofreram os efeitos nocivos dos smartphones.
2. Nada de redes sociais antes dos 16 anos
As redes sociais não são feitas para crianças e pré-adolescentes. Deixe-os passar primeiro por boa parte da puberdade, antes de serem inseridos no ambiente virtual das redes.
3. Nada de celular na escola
Na escola, os celulares devem ser guardados em armários, inclusive durante os intervalos. As crianças precisam ter horas ininterruptas para aprender e se relacionar.
4. Muito mais independência, brincar não supervisionado e responsabilidade no mundo real
As crianças precisam do brincar não supervisionado, atividades corporificadas e que ofereçam algum tipo de risco para que elas aprendam a ser independentes e autônomas.
Saiba mais sobre o livro:
A geração ansiosa demonstra como a “infância baseada no brincar” entrou em declínio na década de 1980 e foi substituída pela “infância baseada no celular”, acompanhada por uma hiperconectividade que alterou o desenvolvimento social e neurológico dos jovens e tem causado privação de sono, privação social, fragmentação da atenção e vício.
Diante desse cenário catastrófico, Jonathan Haidt mostra o que pais, professores, escolas, empresas de tecnologia e governos podem fazer na prática para reverter a situação e evitar danos psicológicos ainda mais profundos. Um plano de ação que não podemos nos dar ao luxo de ignorar, porque o que está em jogo não é apenas o bem-estar de nossas crianças, mas da sociedade como um todo.