Mergulhar no tempo das cerejas, por Meritxell Hernando Marsal
Meritxell Hernando Marsal compartilha sobre os desafios do processo de tradução de "O tempo das cerejas"

Oieeee, gente!!! Tudo bem por aí?
Meu nome é Luca Guadagnini, e eu sou o autor de O mundo que habita em mim, o meu primeiro romance, que chega às livrarias no dia 10 de junho pela Seguinte! E como eu tô me CORROENDO de ansiedade, resolvi passar aqui pra contar pra vocês um pouco sobre como foi escrever esse livro que, para mim, é o meu xodó!
O mundo que habita em mim começou por um pequeno texto em homenagem à minha Vóinha, que faleceu em 2015. Não lembro exatamente por que comecei dessa forma. Talvez tenha sido ela mesmo quem sussurrou a ideia no meu ouvido, ou talvez o próprio universo me mostrava a melhor maneira de iniciar a trajetória de Igor. Porque é assim que a história dele se abre: no funeral de Nilcéia, sua avó.
Mesmo que o livro se inicie com o fim de sua vida, a presença dela é gritante ao longo de toda a história. Minha Vóinha me escrevia cartinhas, em todos os meus aniversários, para poder me dar dinheiro escondido. Acho que isso é coisa de avós, né? Por isso, resolvi incorporar essa ideia à narrativa: cartinhas de Nilcéia, que foram escritas no passado mas funcionam muito bem para o Igor do presente e do futuro. Com conselhos, histórias e muito amor, porque é isso que avós representam: a mais pura e genuína forma de amor.
Igor tem muito de mim, e eu também aprendi muito com Igor. Nós dois somos bissexuais, estudamos teatro, amamos MPB, sonhamos em viver um romance e aprendemos a amar com as nossas avós. Nós dois somos feitos de arte.
Em 2021, depois de muito tempo interpretando um personagem que não era eu, me permiti abrir as cortinas. E foi só então que tive o entendimento, a coragem e a vontade de escrever o mesmo caminho para Igor, agora conduzido por ele mesmo. Escrevi a história inteira sem nenhum esboço, estrutura, sinopse, nada. Foram os próprios personagens que me guiaram pelo livro e me mostraram o que deveria ser feito. E assim o fiz. Obviamente, eu conhecia as cenas-chave e sabia exatamente onde precisava chegar, mas o trajeto até lá foi inteiramente construído por eles. Que ganharam vida nas páginas e vez ou outra surpreendiam até a mim, o criador dessa história.
E vou ser sincero com vocês: eu não poderia ter ficado mais satisfeito com o resultado!!!
O mundo que habita em mim é dividido em quatro partes: prólogo, primeiro ato, segundo ato e epílogo. Quase como uma peça de teatro, mesmo.
O primeiro ato chama-se Clarice, e acompanha Igor em busca da sua própria verdade enquanto, em meio a um turbilhão de sentimentos, começa a se envolver com sua melhor amiga da faculdade. Mas ele não está pronto para a relação, assim como também não está pronto para deixá-la ir tão depressa. Tem medo de se machucar e, acima de tudo, medo de machucar outra pessoa enquanto traça sua própria jornada.
O segundo ato chama-se Vicente, e dele não posso contar muito além de que apresenta o meu personagem favorito do livro. Um que me mostrou o que é sonhar e como é bonito se permitir amar.
E o epílogo… Bom, vocês vão descobrir na hora certa. Hihi.
O mundo que habita em mim já está em pré-venda, e eu tô contando os dias pra poder ter ele em mãos e também espalhado por aí. Escrevi uma história que era minha e, agora, vai ser nossa. Espero que se apaixonem por Igor assim como eu, e que se permitam vislumbrar, mesmo que um pouquinho, o mundo que habita dentro de vocês.

BEIJOS ENORMES,
Luca Guadagnini
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