
Jornada Pedagógica 2025 reflete sobre o papel da escola na formação de leitores
O evento acontecerá de 7 a 10 de abril, é gratuito e destinado a todos os profissionais dedicados a pensar o papel da literatura dentro da escola
É uma honra anunciar que nove livros infantis da Companhia das Letras, que engloba os selos Companhia das Letrinhas, Pequena Zahar, Brinque-Book e Escarlate, foram contemplados com o selo Cátedra Unesco de Leitura PUC-Rio 2023. O prêmio está em sua oitava edição e já é considerado um dos mais relevantes do país, tendo como critérios para a seleção: texto, ilustração, projeto gráfico, inovação das temáticas, criatividade, tradução de adaptações e o papel da imagem no caso dos livros ilustrados.
Veja quais foram os livros premiados:
Poderia ser um domingo qualquer. Um dia de descanso despretensioso. Mas no espaço cavado pelo tédio dos dias sempre iguais, o menino Martim, e seu cachorro, Fubá, embarcam em uma aventura que só a imaginação poderia catalisar. Se deparam com um mar revolto, um navio pirata, um tesouro… tudo sem sair do quintal dos avós.
O herói deste quadrinho tem um superpoder nada óbvio: fazer as coisas desaparecerem. Seu nome é Lico e, desde criança, já era assim: bastava tocar nas coisas que elas desapareciam. Quando encarou seu poder como um dom, se transformou no Doutor Sumiço - para fazer desaparecerem todas as coisas erradas no mundo! E também todas as coisas de que ele próprio não gostava - incluindo brócolis, remédio e… escola!
Uma narrativa que nos carrega no colo para a vida do interior de antigamente, com o trem cortando a paisagem, galinhas soltas e a ousadia de uma menina que ia ao cinema sozinha. Em uma sociedade fechada (nem tão diferente assim da de hoje), em que as meninas não podiam fazer muita coisa, a protagonista nos lembra do poder das pequenas revoluções e de quantas mulheres abriram caminhos para aquelas que vieram depois.
Guerras, mistérios revelados, dramas e tradições. Nesta coletânea de contos são resgatados mitos iorubás de princesas e príncipes africanos, por aqui conhecidos como orixás.
A partir de uma metáfora certeira que transforma pobres e pessoas marginalizadas em pombos, somos confrontados com nosso próprio olhar para todas as vítimas da desigualdade social. Quando é que essas pessoas passam a ser menos pessoas? Por que são vistas com desprezo, apenas como parte da paisagem? Uma narrativa que surgiu a partir da troca dos autores com o padre Júlio Lancellotti, provocando uma reflexão profunda sobre a pobreza que assola as grandes cidades.
É um mistério: como é que o menino vai dormir na própria cama to-do-san-to-dia, mas acorda na casa da vizinha? Seria um caso de sonambulismo? A abertura de um portal mágico? A descoberta da verdade - e fim do mistério - é um daqueles episódios importantes que fazem parte do crescimento e do amor (e também da realidade social).
A autora argentina parte de um xale trazido por ela mesma da Palestina - uma peça simbólica em muitas culturas - para tecer uma narrativa que entrelaça dois mundos. De um lado, o real, o que se vê, o organizado. Do outro, o caos, as pontas soltas, o que se esconde. Nessa dualidade, a menina protagonista imagina como o outro lado para onde vão as coisas que se perdem…
O que nos une à natureza, mesmo em meio à cidade grande, é como um fio invisível. Traçando paralelos entre um menino no centro urbano e os bichos na natureza, o livro estabelece uma narrativa com atmosfera poética, que nos leva a pensar quais são os laços que nos conectam à natureza - e por que esquecemos que somos parte dela.
Resgatando um clássico recontado à exaustão, esta história desenha com delicadeza uma alegoria do feminino, colocando uma menina a avançar pela estrada de seu próprio crescimento onde há perigos, sim, mas também supresa, descoberta e força.
LEIA MAIS: Isol, autora de "A costura", fala sobre sua criação, bordados e censura
O evento acontecerá de 7 a 10 de abril, é gratuito e destinado a todos os profissionais dedicados a pensar o papel da literatura dentro da escola
Em 'Detetive Chapeuzinho e o mistério da sombra digital', os leitores se deparam com as ciladas ocultas nas redes sociais e são expostos a temas como uso de dados, privacidade e monopólio de informações
O autor fala sobre seu novo livro, inspirado em memórias de sua mãe, que evoca os sentidos da vida que flui - e frui - no rio Guaporé, em Rondônia