Inspirado em um crime real ocorrido na capital gaúcha, Diorama é um misto de coming of age e romance policial, marcado por deslocamentos, questões de sexualidade e feridas que nunca cicatrizam; um estudo único sobre as marcas deixadas em famílias desfeitas pelo crime e pelo preconceito.
Inspirado em um crime real ocorrido na capital gaúcha, Diorama é um misto de coming of age e romance policial, marcado por deslocamentos, questões de sexualidade e feridas que nunca cicatrizam; um estudo único sobre as marcas deixadas em famílias desfeitas pelo crime e pelo preconceito.
Uma caçada em família no pampa gaúcho. Uma taxidermista restaurando animais em um museu de história natural. Um deputado morto com um tiro de espingarda na retomada da democracia brasileira. Um romance que precisa ser mantido em segredo devido ao preconceito. Essas cenas tão vívidas são apenas algumas das que se entrelaçam em um livro sensível e envolvente, o primeiro desde que Carol Bensimon venceu o prêmio Jabuti de melhor romance com O clube dos jardineiros de fumaça.
Narrado por Cecília Matzenbacher, Diorama percorre os meandros de uma existência marcada por um crime brutal. Enquanto a protagonista adulta tenta manter de pé a vida refeita nos Estados Unidos, sua versão criança leva o leitor de volta à Porto Alegre dos anos 1980, revelando pouco a pouco os detalhes íntimos e políticos de um assassinato que marcou o Rio Grande do Sul. Somam-se a isso múltiplas vozes de testemunhas e envolvidos, que erguem um universo agridoce de relações estilhaçadas, segredos e violência sempre à espreita.
Em uma prosa cinematográfica, embalada a rock e entremeada por reflexões sobre a natureza e sobre as fraturas que carregamos, Bensimon constrói em Diorama uma comovente história familiar.