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Mauricio Santana Dias apresenta “Bambino a Roma”, novo livro de Chico Buarque: “Trata-se de um duplo retorno ao passado”
O consagrado tradutor e professor fala sobre o novo romance de Chico, que mistura ficção às memórias da infância do autor
Sobrevivendo no inferno, dos Racionais MC’s, reúne as letras de um dos discos mais importantes da história de nossa música popular — contundente como sempre e atual como nunca.
Os Racionais não precisam de chancela da universidade ou do mercado editorial: conquistaram seu reconhecimento por seus próprios meios. Mas a inclusão de seu disco de 1997 na bibliografia obrigatória do vestibular da Unicamp é um dos indícios de que, ainda que tardiamente, as instituições mais tradicionais estão se abrindo para o reconhecimento do rap como produção cultural da mais alta relevância. Em nível internacional, vale lembrar que, neste ano, o rapper Kendrick Lamar foi o primeiro artista pop a receber o prestigioso prêmio Pulitzer, por seu disco Damn.
O livro Sobrevivendo no inferno atende aos desejos dos milhões de fãs do grupo e também pelos vestibulandos. E pode ser ainda um convite a leitores e ouvintes mais “tradicionais”, que têm curiosidade pelos Racionais mas resistem aos desafios estéticos colocados pelo rap.
O trabalho minucioso de estabelecimento de texto responde a inúmeras questões, a começar pela versificação e divisão de estrofes. Igualmente determinante foi a opção por indicar a mudança de voz narrativa seguindo a forma da dramaturgia e registrar os acontecimentos sonoros que participam de maneira decisiva da linguagem poética. O resultado permite um contato totalmente original com a obra.
O texto de apresentação da edição é de Acauam Silvério de Oliveira, um jovem e brilhante professor de literatura brasileira, doutor pela USP e hoje docente na Universidade de Pernambuco. Escreve Acauam: “O impacto da produção dos Racionais consiste em sua extraordinária capacidade de formalização do novo tipo de voz coletiva que emergia: uma fala da periferia para a periferia, que alteraria de modo radical o cenário cultural do país”, ele afirma na introdução.
A identidade visual foi também objeto de muito cuidado: revisitamos a capa do disco e criamos um projeto especial de miolo, recheado de fotos clássicas e inéditas feitas por Klaus Mitteldorf. O acabamento com a lateral pintada de dourado é o toque final.
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