ERRATA: "Trincheira tropical", de Ruy Castro
Errata no livro "Trincheira tropical", de Ruy Castro, que narra a Segunda Guerra Mundial no Rio

No fim de julho, a Companhia das Letras publicou O Tiradentes: Uma biografia de Joaquim José da Silva Xavier. Resultado de uma pesquisa de cinco anos, Lucas Figueiredo reconstitui a trajetória do alferes, desde a sua experiência familiar, os anos de juventude, quando foi mascate, o trabalho no baixo escalão dos oficiais – enfrentando as engrenagens da burocracia estatal –, o ofício paralelo de tratar (e tirar) dentes, até seu envolvimento na Conjuração Mineira. Deixando para trás as especulações e os relatos fabricados, e unindo verve literária e rigor histórico, este livro é um trabalho ímpar de investigação, que dá a Tiradentes a dimensão humana apagada na formação de sua história.
Reunimos aqui, no Blog da Companhia, algumas das entrevistas que o escritor concedeu a jornais e sites, além de blurbs sobre a obra. Confira.
“Depois de sua morte, Tiradentes ficou meio século esquecido. Foi resgatado em meados do século XIX pelo movimento republicano, que precisava de um herói para ilustrar seu projeto – é quando surge a figura fantasiosa de Tiradentes de barbas longas, à la Jesus Cristo. De lá para cá, a história de Joaquim foi seguidamente manipulada e apropriada por movimentos dos mais diversos matizes, mas sempre no papel de herói. [...] É sempre assim: toda vez que nos vemos em uma sinuca de bico, sejamos de direita, de centro ou de esquerda, recorremos a Tiradentes para tentar explicar o Brasil e os brasileiros. De certa forma, sua figura complexa é o reflexo de uma nação difícil de ser explicada.”
Em entrevista a Reinaldo José Lopes, Folha de S. Paulo. Na íntegra no blog Darwin e Deus.
“Todo mundo recorre a Tiradentes para afirmar que tem uma conduta correta perante a história. É tudo manipulação. Tiradentes é fascinante, uma esfinge a ser decifrada, assim como o Brasil e o brasileiro. Nenhum outro personagem da nossa História encarna tão bem a situação absurda e inexplicável do país.”
Em entrevista a Ruan de Sousa Gabriel, O Globo
“Não é à toa que, toda vez que o Brasil cai em crise, a figura de Tiradentes aparece. Pode reparar: recorremos a Tiradentes toda vez que tentamos cumprir a difícil tarefa de explicar o Brasil e os brasileiros.”
Em entrevista a Luís Antônio Giron, Istoé
“Meu objetivo foi resgatar sua trajetória, do nascimento à morte, deixando de lado todo o mito Tiradentes que foi construído ao longo da história. Contei sobre sua infância, sua juventude, sua vida afetiva, a tentativa de constituir uma família, o relacionamento com uma garota 25 anos mais jovem que ele que lhe rendeu uma filha, Joaquina. Conto como ele exerceu diversas atividades (mascate, fazendeiro e minerador) e sua carreira de 14 anos no Regimento de Cavalaria. Mas também reconstituo sua trajetória na Conjuração Mineira. Portanto, procurei tratar da história do homem, sua vida privada e também sua atuação política.”
Em entrevista a Jéssica Malta, Hoje em Dia
“Tiradentes queria tanto dar certo, se doou tanto. [...] Tem atitude muito coerente na Conjuração Mineira e é o único condenado à morte. É o sentimento de pessoa que fez tudo para vencer na vida, mas que faltou a ele um pouco de sorte.”
Em entrevista a Márcia Maria Cruz, Uai
“Tiradentes sempre foi tratado de maneira institucional. O que importava na história era seu papel na Conjuração Mineira. Na pesquisa [que durou cinco anos], o que mais me surpreendeu foi conhecer a história do homem, que é bem diferente do mito. Uma história que nunca tinha sido contada, por incrível que pareça. Tiradentes era um homem com frustrações, sonhos, devaneios, equívocos e grandes qualidades. Tinha grandes ambições pessoais, queria muito vencer na vida, e deu muito duro para isso. Foi mascate, fazendeiro, minerador, militar, dentista e médico prático. Um homem intenso.”
Em entrevista a Aloisio Morais, Jornalistas Livres
“Pela primeira vez, temos Tiradentes na íntegra — um feito incrível depois de tantos anos de especulação e histórias fabricadas.”
Kenneth Maxwell
“Lucas Figueiredo conseguiu uma proeza nesta biografia de Tiradentes.”
Lira Neto
"Sobretudo, Lucas Figueiredo compõe um retrato vigorosamente humano do biografado. [...] Esse foi o homem que o poder colonial quis apagar da História, mas acabou convertendo em mito."
Jerônimo Teixeira, Veja
“Com uma rigorosa pesquisa em fontes primárias e bibliográficas, mas ao mesmo tempo com uma narrativa fluida, Lucas Figueiredo oferece ao leitor uma biografia magistral de Joaquim José da Silva Xavier.”
Marisa Motta, Opinião e Notícia
“O livro O Tiradentes é um material de fôlego para mostrar muito sobre o Brasil, a partir de um personagem central na vida da nação. A pesquisa de Figueiredo apresenta Tiradentes na intimidade, a partir do que foi possível reunir durante o trabalho.”
Leonardo Cavalcante, Correio Braziliense
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