Marcada por ambivalência e controvérsia, a vida de Cláudio Manuel da Costa é revisitada pela historiadora Laura de Mello e Souza, que pesquisou inventários, escrituras e processos judiciais para reconstituir os passos do poeta no Brasil e na Europa.
O mineiro Cláudio Manuel da Costa, consagrado pelos versos de Vila Rica, poema dedicado à fundação da capital "das Minas Gerais", é revisitado de maneira inovadora nesse perfil biográfico escrito por Laura de Mello e Souza, que lança uma nova perspectiva sobre a vida, a obra e o destino do poeta brasileiro.
O leitor é transportado à Minas Gerais do século XVIII, onde Cláudio Manuel da Costa exerceu a carreira de advogado paralelamente à de poeta, engajando-se também no movimento da Inconfidência Mineira. Um dos temas mais polêmicos de sua biografia, sua morte, cujas circunstâncias nunca foram totalmente esclarecidas, que continua a motivar muita especulação.
Seu corpo foi encontrado em um cubículo na propriedade de um rico contratador, hoje conhecida como Casa dos Contos. A exaustiva pesquisa documental realizada em acervos brasileiros e portugueses permitiu à autora preencher lacunas da vida do poeta, tomar partido em várias disputas historiográficas, ao mesmo tempo que revelou um homem dividido profundamente entre o reino de Portugal e sua colônia na América; entre a ilustração e a escravidão; entre a liberdade e os valores do Antigo Regime.
Gradativamente alçado a postos importantes da administração da capitania, Cláudio Manuel da Costa mantinha desde jovem um grande interesse pela poesia. O poeta integrava várias academias de letrados, principal instância de circulação da cultura erudita na América portuguesa da época. Escrito nos intervalos de suas obrigações públicas, Cláudio Manuel imprimiu seu único volume de sonetos, éclogas e liras em 1768, ampliando a reputação de literato no Brasil e na Europa. Como demonstra Laura de Mello e Souza, sua poesia, junto com a de Tomás Antônio Gonzaga, é uma das mais relevantes da literatura setecentista no Brasil, pois, ao mesmo tempo que se revela marcadamente dominada pela reverência aos modelos clássicos, incorpora aspectos importantes da paisagem e dos costumes brasileiros.
Título original: Cláudio Manuel da Costa Páginas: 272 Formato: 13.50 X 20.50 cm Peso: 0.336 kg Acabamento: Livro brochura Lançamento: 09/03/2011 ISBN: 9788535917611 Selo: Companhia das Letras
ANTÔNIO VIEIRA
Ronaldo Vainfas Em Antônio Vieira: Jesuíta do rei, o historiador Ronaldo Vainfas analisa a personalidade multifacetada de um dos maiores escritores da língua portuguesa e reconstitui a sua intensa ligação com o Brasil, além de sua vida política e religiosa. Da coleção Perfis Brasileiros.
Leia +
CASTRO ALVES
Alberto da Costa e Silva Morto com apenas 24 anos, Castro Alves já era imensamente famoso em Salvador, no Recife, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Num livro que é ao mesmo tempo perfil empenhado e crítica literária cuidadosa, Alberto da Costa e Silva mostra como um jovem perfeitamente integrado na sociedade escravocrata veio a ser o poeta da abolição.
Leia +
CLÁUDIO MANUEL DA COSTA
Laura de Mello e Souza Marcada por ambivalência e controvérsia, a vida de Cláudio Manuel da Costa é revisitada pela historiadora Laura de Mello e Souza, que pesquisou inventários, escrituras e processos judiciais para reconstituir os passos do poeta no Brasil e na Europa.
Leia +
D. PEDRO I
Isabel Lustosa Isabel Lustosa escreve que d. Pedro I "é o personagem mais fascinante da história do Brasil" - impulsivo, desconfiado e vingativo, traiu amigos fiéis e foi implacável com os inimigos. Transitando entre o grande panorama da história brasileira e européia no século XIX, e o retrato íntimo de Pedro de Bragança e Bourbon, ela prova o seu ponto com verve e conhecimento de causa.
Leia +
D. PEDRO II
José Murilo de Carvalho José Murilo de Carvalho apresenta dois personagens em conflito mútuo. Um, mais conhecido, é o imperador d. Pedro II, que governou o Brasil por quase meio século. O outro é Pedro d'Alcântara, cidadão comum, que amava as ciências e as letras tanto quanto detestava as pompas do poder.
Leia +
GENERAL OSORIO
Francisco Doratioto Neste volume da coleção Perfis Brasileiros, o historiador Francisco Doratioto investiga a figura do General Osorio, o militar mais conhecido de seu tempo, e traça uma envolvente história dos países do Rio da Prata.
Leia +
GETÚLIO VARGAS
Boris Fausto Nenhum governante brasileiro permaneceu no poder por tanto tempo quanto Getúlio Vargas. Para traçar o seu perfil, Boris Fausto passa ao largo do maniqueísmo e dos estereótipos, do culto ao "pai dos pobres" e da denúncia do "caudilho". Ele parte das raízes familiares de Getúlio, bem como do ambiente político em que este se formou, no Rio Grande do Sul.
Leia +
JOAQUIM NABUCO
Angela Alonso Neste volume da coleção Perfis Brasileiros, Angela Alonso traça um retrato minucioso de Joaquim Nabuco, focalizando os dilemas pessoais e embates públicos do pensador e militante abolicionista.
Leia +
JOSÉ BONIFÁCIO
Miriam Dolhnikoff Em novo volume da coleção Perfis Brasileiros, Miriam Dolhnikoff realiza um retrato abrangente de José Bonifácio de Andrada e Silva, figura central para o processo de Independência do Brasil.
Leia +
LEILA DINIZ
Joaquim Ferreira dos Santos Em sua curta trajetória, Leila Diniz teve um currículo de realizações artísticas expressivas, mas, acima de tudo, acabou por revolucionar o papel da mulher na sociedade brasileira; nas décadas de 1960 e 70, falou sem pudor sobre sexualidade e se deixou fotografar grávida, de biquíni.
Leia +
NASSAU
Evaldo Cabral de Mello Ao contrário do que se pensa, João Maurício de Nassau-Siegen não era nem holandês, nem príncipe. Sua família tinha linhagem alemã, e ele nasceu conde - o título de príncipe só lhe foi concedido às vésperas de completar cinqüenta anos. Evaldo Cabral de Mello esmiúça a experiência de Nassau no Brasil à luz das guerras e disputas comerciais da Europa do século XVII.
Leia +
RONDON
Todd A. Diacon Grande responsável pela construção da linha telegráfica que deveria cruzar enorme parte da bacia amazônica, o oficial do Exército brasileiro Cândido Mariano da Silva Rondon foi um dos responsáveis por pensar o Brasil como uma nação. O historiador norte-americano Todd A. Diacon parte das expedições de Rondon pela região amazônica para traçar o seu perfil.
Leia +