A lente do romancista Erico Verissimo revela a paisagem norte-americana num registro único, com as cores que só a percepção de um romancista sabe ver. Esta edição traz prefácio de Luis Fernando Verissimo e caderno de fotos com imagens da viagem de Erico aos Estados Unidos.
A lente do romancista Erico Verissimo revela a paisagem norte-americana num registro único, com as cores que só a percepção de um romancista sabe ver. Esta edição traz prefácio de Luis Fernando Verissimo e caderno de fotos com imagens da viagem de Erico aos Estados Unidos.
Em janeiro de 1941, como parte do programa de Boa Vizinhança instituído pelo governo norte-americano, Erico Verissimo embarca no vapor Argentina para passar três meses nos Estados Unidos. Diz ao oficial da alfândega que pretende "viajar, ver pessoas e coisas" e, "se não houver outro remédio", fazer conferências.
Que país o escritor brasileiro encontra? Os jornais americanos perguntam aos leitores se o governo deve ajudar a Grã-Bretanha contra Hitler, Washington exibe uma segurança frouxa - é possível entrar na Casa Branca como "quem entra num lugar público" - e Hollywood se mostra uma "cidade murada e proibida". Os americanos desconhecem o Brasil, e Erico não se surpreende quando, para agradá-lo, alguns salpicam na conversa termos como fiesta e adiós.
A cultura e a política americanas são tratadas com humor, faro jornalístico e olho de romancista. Erico também fala da miséria e da segregação racial. Percorre o país de costa a costa e conhece grandes escritores e artistas, como Thomas Mann, Somerset Maugham, Orson Welles, Walt Disney e Alfred Hitchcock.
Para seu autor, este livro é o "relato simples e objetivo de um passeio que foi, antes de mais nada, o feriado dum contador de histórias". Com a graça e a leveza típicas de um gostoso repouso momentâneo, Gato preto em campo de neve mostra um povo e uma nação pelos olhos de um romancista.