Adam Walker está escrevendo um livro sobre fatos ocorridos há quarenta anos em Nova York e Paris: sua relação ambígua e perigosa com o professor Rudolf Born, os desejos incestuosos pela irmã, Gwyn, e as consequências de uma breve e conturbada temporada francesa.
Adam Walker está escrevendo um livro sobre fatos ocorridos há quarenta anos em Nova York e Paris: sua relação ambígua e perigosa com o professor Rudolf Born, os desejos incestuosos pela irmã, Gwyn, e as consequências de uma breve e conturbada temporada francesa.
Adam Walker recorda os acontecimentos da primavera e do verão de 1967, quando era um jovem poeta e estudante de letras na universidade de Columbia, Nova York. Quarenta anos depois, os fatos incontornáveis daquele ano, em que se vivia a Guerra Fria e a crescente oposição à Guerra do Vietnã, somam-se a eventos pessoais decisivos, que o vão acompanhar até o fim da vida.
Ele rememora o estranho encontro em uma festa e a posterior relação tumultuada que desenvolve com dois estrangeiros: o suíço Rudolf Born, professor visitante de relações internacionais na mesma Universidade Columbia, e sua enigmática e sedutora companheira, a francesa Margot. O professor Born propõe ao jovem poeta financiar um projeto de revista literária, acalentando a ideia de ter sua biografia escrita por Walker.
O rapaz fica intrigado com a rápida simpatia que desperta no casal, mas a oferta é boa demais para ser recusada. Aos poucos, porém, passa a desconfiar das intenções de Born, uma combinação de raivoso analista político, intelectual cínico, dândi espirituoso.
Um evento imprevisto e trágico vai fazer com que a relação entre o estudante prodígio e o enigmático professor se torne áspera e, depois, doentia, levando a história de ambos a Paris. A narrativa de Adam Walker, hoje com mais de sessenta anos, porém, mostra-se incapaz de dar conta da complexidade dessa história revisitada nos meandros da memória e nos limites da linguagem.
Vozes de outros personagens ganham o primeiro plano: Jim, antigo colega de Adam, que se tornou James Freeman, escritor de sucesso, a quem Walker recorre para que lhe ajude a terminar a narrativa; a irmã Gwyn, por quem ele sente um irresistível desejo incestuoso; Cécile, enteada francesa de Born, que manteve um diário dos tempos em que conheceu e se apaixonou por Walker.
Em Invisível, o escritor americano Paul Auster compõe um romance feito de diferentes vozes e tempos narrativos. Narradores e formas narrativas se alternam, aceleram o ritmo da leitura, reservando descobertas e mudanças de rumo até as últimas frases do livro e deixando o leitor sem fôlego.