Parte da trilogia tebana junto de Édipo rei e Édipo em Colono, Antígona ainda hoje é uma das peças de teatro mais encenadas no mundo. Representação tanto do poder do desafio quanto do ímpeto da legalidade, a tragédia mostra sua atualidade e importância ao pensar o papel do Estado, da família e da justiça.
Parte da trilogia tebana junto de Édipo rei e Édipo em Colono, Antígona ainda hoje é uma das peças de teatro mais encenadas no mundo. Representação tanto do poder do desafio quanto do ímpeto da legalidade, a tragédia mostra sua atualidade e importância ao pensar o papel do Estado, da família e da justiça.
Na lendária Tebas, Creonte, um novo tirano, ordena que sejam dados tratamentos desiguais aos dois irmãos de Antígona. Sua imposição é didática. Se aquele que lutou ao lado da cidade deve receber as honras do sepultamento, o outro, que atacou as muralhas, deve ser jogado no ermo para que sirva de exemplo aos opositores.
A ordem, no entanto, não é aceita por Antígona. Ela se insurge contra o édito, honrando seu irmão, defendendo os ritos sacros devidos aos deuses, pondo em risco sua própria vida, trazendo à tona a herança e a verve da antiga estirpe dos Labdácidas.
Composta por volta de 442 a. C., Antígona é ainda hoje uma peça conturbada e polêmica. É uma tragédia que pontua os limites do poder, o seu lugar e as suas instâncias, e que oferece o espetáculo grandioso da vontade, do sentimento de estirpe, da piedade e da justiça.