Mergulhar no tempo das cerejas, por Meritxell Hernando Marsal
Meritxell Hernando Marsal compartilha sobre os desafios do processo de tradução de "O tempo das cerejas"

José Luís Peixoto, Julián Fuks, Ana Martins Marques e Arthur Dapieve. Foto: Prêmio Oceanos.
Na noite de ontem, dia 6, aconteceu a cerimônia de entrega do Prêmio Oceanos 2016, uma das principais premiações da língua portuguesa - antigo Portugal Telecom. Com oito autores entre os dez finalistas, o Grupo Companhia das Letras teve quatro livros premiados nesta edição. O grande vencedor foi o romance do português José Luís Peixoto, Galveias.
Publicado no Brasil em 2015, o romance é baseado nas memórias de infância de Peixoto, que nasceu na aldeia que dá nome ao livro. Em Galveias, o autor constrói o universo de um lugarejo quase parado no tempo, que subitamente se vê diante de um imenso mistério. Com grandes histórias e um elenco de personagens admiráveis, ele traça um retrato da vida rural portuguesa no início dos anos 1980, que vivia então um embate entre a tradição e a inevitável chegada da modernidade, em um momento economicamente difícil para o país. Além de Galveias, Peixoto também publicou pela Companhia das Letras o infantil A mãe que chovia, o romance Livro e Dentro do segredo, relato de sua viagem para a Coreia do Norte.
Julián Fuks, que venceu o Prêmio Jabuti, ficou com o segundo lugar do Oceanos com A resistência. Os poemas de Ana Martins Marques reunidos em O livro das semelhanças ficaram em terceiro lugar. O quarto lugar foi para Maracanazo e outras histórias, de Arthur Dapieve, publicado pela Alfaguara.
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