ERRATA: "Trincheira tropical", de Ruy Castro
Errata no livro "Trincheira tropical", de Ruy Castro, que narra a Segunda Guerra Mundial no Rio

Hilda Hilst será a autora homenageada da Festa Literária Internacional de Paraty em 2018. Hilda escreveu poesia, ficção, teatro e crônica, tendo construído uma obra singular que, ao fundir o sagrado e o profano, a firmou como uma das vozes mais transgressoras da literatura brasileira do século XX. Com curadoria de Joselia Aguiar, a Flip 2018 acontece de 25 a 29 de julho, em Paraty.
De acordo com o diretor geral da Flip, o arquiteto Mauro Munhoz, “a escolha de Hilda Hilst se deu pelo fato de sua obra extrapolar fronteiras. Assim como os outros poetas brasileiros, leu Drummond, Bandeira e Cabral, mas leu também Fernando Pessoa, o francês Saint-John Perse e o alemão Rainer Maria Rilke. O resultado é uma literatura inovadora do ponto de vista da linguagem que exerce, por exemplo, forte influência na cena da dramaturgia brasileira de hoje”.
A curadora Joselia Aguiar vê semelhanças entre a obra de Hilda e de Lima Barreto, homenageado da Flip 2017: “Ambos foram transgressores, cada um a seu modo e em seu tempo e se dedicaram à escrita de modo tal que ultrapassaram o limite do que era esperado de cada um: ele como autor negro de baixa renda, ela como mulher livre numa sociedade que não estava acostumada a isso."
Em 2017, a Companhia das Letras passou a publicar a obra completa de Hilda Hilst, começando com Da poesia, edição que reúne pela primeira vez toda a sua obra poética e que inclui, além de mais de 20 títulos, uma seção de inéditos e vasta fortuna crítica. Em maio de 2018 será a vez de Da prosa, reunião de sua ficção publicada entre os anos 1970 até o final dos anos 1990, que contará também com textos de Daniel Galera e Carola Saavedra.
Além de Da prosa, também estão previstas duas adaptações para os quadrinhos. A primeira será do livro A obscena senhora D., pela carioca Laura Lannes, que será lançada durante a Flip. Para 2019, as quadrinistas Fabiane Langona e Cynthia Bonacossa preparam um livro sobre a vida de Hilda no início dos anos 1990, época em que dá uma guinada na carreira e publica sua trilogia erótica: O caderno rosa de Lori Lamby, Contos d'Escárnio e Cartas de um sedutor. As três obras serão adaptados na HQ – e também reeditados pela Companhia das Letras –, emolduradas por reflexões de Hilda sobre o processo de criação dos livros.
A editora também prepara para 2018 uma coletânea ilustrada de poesias de amor de Hilda e uma nova edição de Amavisse pela coleção Poesia de Bolso, que já relançou poemas de Ana Cristina Cesar, Paulo Leminski e Waly Salomão. E para encerrar, Ana Lima Cecilio prepara uma biografia de Hilda Hilst para 2020.
Nascida em Jaú (SP) em 1930, Hilda Hilst formou-se em Direito pela USP e, aos 35 anos de idade, mudou-se para a chácara Casa do Sol, próxima a Campinas. Lá, na companhia de dezenas de cachorros, ela se dedicou integralmente à criação literária, entre livros de poesia, ficção e peças de teatro. Nos anos 1990, irritada com o parco alcance de sua escrita, anunciou o “adeus à literatura séria” e inaugurou a fase pornográfica, com os títulos que integrariam a polêmica “tetralogia obscena” – três livros de prosa e Bufólicas, de poemas. Hilda morreu em 2004, em Campinas, e hoje a Casa do Sol é sede do Instituto Hilda Hilst, onde se realizam residências artísticas e encenações de peças de teatro.
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