29 livros sobre maternidade para colocar na sua lista (e mais alguns para conhecer)

08/05/2024

Neste maio, mês do Dia das Mães, te convidamos a refletir e abraçar a maternidade em suas formas mais diversas, que por muito tempo foram dilemas invisíveis a sociedade. Para colaborar com o debate, fizemos uma lista com 29 leituras de ficção e não ficção que abordam a temática, em livros que mostram diversas facetas da maternidade, cada vez mais plural.

Livros de ficção:

1. A autobiografia da minha mãe, de Jamaica Kincaid

Uma história de amor, medo, perda e formação de caráter, um relato da evolução de uma mulher negra caribenha escrito por uma das autoras mais habilidosas da literatura contemporânea. Tradução de Débora Landsberg. 

2. Como se fosse um monstro, de Fabiane Guimarães

Em seu segundo romance, Fabiane Guimarães explora os limites da maternidade, da escolha feminina e da expectativa social.

3. Mata Doce, de Luciany Aparecida

No primeiro romance que assina com o próprio nome, Luciany Aparecida narra, com uma prosa lírica e de força singular, os trágicos acontecimentos que cercam um pequeno vilarejo rural no interior da Bahia. Mata Doce é um romance épico, delicado e poderoso, que entrelaça passado e presente em uma obra majestosa, e desde já um marco da literatura brasileira contemporânea.

4. Um álbum para Lady Laet, de José Luiz Passos

Um relato cativante sobre os desafios de se sentir estrangeiro. Do vencedor do Prêmio Portugal Telecom de Literatura. Lucy é uma brasileira que tenta levar a vida em Los Angeles. Entre os trabalhos esporádicos, ela procura escrever a biografia da mãe, uma lendária cantora e compositora, que nunca chegou a conhecer de fato. Edição ilustrada pelo autor.

5. A pediatra, de Andréa Del Fuego

Com humor mordaz, o novo romance de Andréa del Fuego apresenta a história de uma personagem muito peculiar: Cecília, uma pediatra nada afeita a crianças.

6. Amada, de Toni Morrison

Sethe é uma ex-escrava que, após fugir da fazenda em que era mantida cativa com os filhos, foi refugiar-se na casa da sogra em Cincinatti. No caminho, ela dá à luz um bebê, a menina Denver, que vai acompanhá-la ao longo da história. A relação familiar, bem como os traumas do passado escravizado, transformarão a vida e o futuro de ambas de forma irreversível. Tradução de José Rubens Siqueira.
 

7. Caderno proibido, de Alba de Céspedes

Valeria Cossati queria apenas buscar cigarros para o marido na tabacaria, mas acaba comprando ilegalmente um caderno preto – um item que não poderia ser comercializado aos domingos –, e faz dele seu diário. Estamos na Roma dos anos 1950, e Valeria leva a vida entediante de uma mulher de classe média, dividindo-se entre os papéis de mãe, esposa e funcionária de escritório. Há anos ela não ouve o próprio nome – o marido só a chama de "mamãe" –, e sua relação com os filhos é marcada por conflitos geracionais. Porém, conforme alimenta aquelas páginas proibidas, Valeria começa a notar uma profunda transformação em si mesma – cujas consequências ela ainda não sabe prever. Tradução de Joana Angélica d'Avila Melo. 

8. A vida invisível de Eurídice Gusmão, de Martha Bathalha

Rio de Janeiro, anos 1940. Guida Gusmão desaparece da casa dos pais sem deixar notícias, enquanto sua irmã Eurídice se torna uma dona de casa exemplar. Mas nenhuma das duas parece feliz em suas escolhas. A trajetória das irmãs Gusmão em muito se assemelha com a de inúmeras mulheres nascidas no Rio de Janeiro no começo do século XX e criadas apenas para serem boas esposas. São as nossas mães, avós e bisavós, invisíveis em maior ou menor grau, que não puderam protagonizar a própria vida, mas que agora são as personagens principais do primeiro romance de Martha Batalha.

9. Estela sem Deus, de Jeferson Tenório

Do vencedor do prêmio Jabuti, a história de luta e coragem de uma adolescente negra que sonha em ser filósofa e encontrar seu lugar no mundo. 

10. O impulso, de Ashley Audrain

O que você faria se seus filhos não fossem quem você esperava? O impulso é o romance mais viciante do ano, uma leitura que irá questionar tudo o que assumimos sobre maternidade, sobre aquilo que devemos aos nossos filhos e sobre o que acontece quando deixamos de acreditar em mulheres cujas histórias são incômodas. Tradução de Lígia Azevedo. 

11. As nove vidas de Rose Napolitano, de Donna Freitas

Quais são as consequências das nossas maiores decisões? Acompanhando Rose Napolitano descobrimos como nossa história pode ser reinventada a cada escolha e, às vezes, seguir rumos que não imaginávamos. Um romance profundo sobre uma mulher que nunca quis ser mãe e as diversas formas com que a vida pode nos surpreender. Tradução de Lígia Azevedo.
 

12. Os sussurros, de Ashley Audrain

Da autora do best-seller O impulso, um romance empolgante sobre quatro famílias cujas vidas mudam quando o impensável acontece – e o que é perdido quando cedemos aos nossos piores desejos. Tradução de Lígia Azevedo.

13. Procurando Jane, de Heather Marshall

Uma poderosa história baseada em fatos reais sobre mulheres que enfrentam riscos, ameaças e perdas para ajudar umas às outras quando sabem que ninguém mais o fará. Tradução de Lígia Azevedo. 

14. Uma família feliz, de Raphael Montes

Em Uma família feliz, o mestre do suspense Raphael Montes desbrava as tensões das relações familiares e do mundo de aparências de um condomínio perfeito, em uma trama complexa sobre infância e maternidade. Do criador da série original Bom dia, Verônica (Netflix) e da novela Beleza fatal (HBO).

15. Você nunca mais vai ficar sozinha, de Tati Bernardi

Neuras, traumas, obsessões, medos e amor desmesurado são os ingredientes desse livro hilariante sobre uma filha que vai virar mãe.

16. Até os ossos, de Camille De Angelis

Vencedor do Alex Award de 2016, Até os ossos deu origem ao filme homônimo de Luca Guadagnino (diretor de Me chame pelo seu nome), estrelado por Taylor Russell e Timothée Chalamet, e narra a trajetória de Maren, uma jovem com tendências canibais que, após ser abandonada pela mãe, inicia uma jornada em busca de respostas. Tradução de Jana Bianchi.

17. Dolores Claiborne, de Stephen King

Publicado nos anos 1990 como Eclipse total e há décadas esgotado no país, um dos livros mais aclamados de Stephen King retorna ao mercado brasileiro em edição especial da Biblioteca Stephen King, com nova tradução e conteúdo extra. Dolores Claiborne é um suspense poderoso e inesquecível sobre uma mulher que esconde um segredo perturbador. Tradução de Regiane Winarski.

18. Mariposa vermelha, de Fernanda Castro

Em seu novo romance, Fernanda Castro narra a história de Amarílis, uma jovem que, com a ajuda de um demônio, embarca em uma jornada para descobrir a própria força, assumir sua verdadeira essência e se vingar do homem que destruiu sua mãe e causou a ruína de sua família. Mariposa vermelha é uma fantasia apaixonante e empoderadora, permeada por monstros insólitos e corriqueiros, relações intensas e amores imprevisíveis.

19. Maternidade, de Sheila Heti

Em Maternidade, Sheila Heti reflete sobre os ganhos e as perdas para uma mulher que decide se tornar mãe, tratando a decisão que mais traz consequências na vida adulta com a franqueza, a originalidade e o humor que lhe renderam reconhecimento internacional por seu livro anterior, How Should a Person Be?. Tadução de Julia Debasse.

20. Garota, mulher, outras, de Bernardine Evaristo

Garota, mulher, outras é um verdadeiro marco da ficção britânica. O pano de fundo dessas histórias é uma Londres dividida e hostil, logo após a votação do Brexit: um lugar onde as pessoas lutam para sobreviver, muitas vezes sem esperança, sem que as suas necessidades sejam atendidas e sem que sejam ouvidas. Nesse ambiente opressor, as vozes de Garota, mulher, outras formam um coro e levantam reflexões poderosas sobre o machismo, o racismo e a estrutura da sociedade. Tradução de Camila Holdefer.

21. Expedição: nebulosa, de Marília Garcia

"por que você não escreve com/ emoção?/ alguém pergunta/ e eu amarro a pergunta/ na ponta desse poema/ deixo tombar até o fundo/ do mar", escreve Marília Garcia em Canção da linha. Em seu novo livro, a autora do premiado Câmera lenta se concentra na figura mitológica da ninfa Eco para se dedicar à investigação de lugares, lembranças e vínculos que estabelecem entre si uma espécie de cartografia afetiva.

22. O pacto da água, de Abraham Verghese

Neste aclamado best-seller número 1 do New York Times, acompanhamos três gerações de uma família em Kerala, no sul da Índia, acometida por um mal: ali, as mortes por afogamento parecemser hereditárias. Pelo olhar da futura matriarca — conhecida como Grande Ammachi —, testemunhamos uma vida marcada por alegrias, triunfos, reviravoltas e dificuldades, numa narrativa que presta homenagem ao progresso da medicina e aos sacrifícios que fazemos por aqueles que amamos. Tradução de Odorico Leal.

Livros de não ficção

23. As abandonadoras, de Begoña Gómez Urzaiz

Que tipo de mãe abandona seu filho? Em As abandonadoras, a jornalista catalã Begoña Gómez Urzaiz enfrenta essa pergunta com reflexões em torno da culpa materna, da maternidade competitiva e da mãe como sujeito criativo. Tradução de Eliana Aguiar.

24. Manifesto antimaternalista, de Vera Iaconelli

Uma denúncia contundente da armadilha ideológica que responsabiliza as mulheres pelo cuidado com as próximas gerações.

25. Autocuidado de verdade, de Pooja Lakshmin 

Neste livro essencial, Pooja Lakshmin explora as contradições da indústria do bem-estar e propõe um modelo revolucionário para praticar o verdadeiro autocuidado – que empodera, ampara e tem o potencial de mudar o mundo. Tradução de Lígia Azevedo.

26. O livro que você gostaria que seus pais tivessem lido, de Philippa Perry 

Neste livro completo, inteligente e bem trabalhado, a renomada psicoterapeuta Philippa Perry revela o que realmente importa e quais comportamentos evitar – a cartilha essencial para pais.

27. Maternidades no plural, de Deh Bastos, Glaucia Batista, Ligia Moreiras, Marcela Tiboni, Mariana Camardelli e Annie Baracat

Cada mãe tem uma história, e Maternidades no plural busca compartilhá-las: com relatos de seis mulheres diferentes, esta coletânea funciona não só como um caleidoscópio, mas também como uma celebração das diversas – e igualmente válidas – formas de maternar.

28. Cartas extraordinárias: mães, organizado por Shaun Usher

Do organizador de Cartas extraordinárias, um volume de trinta cartas excepcionais escritas por, para ou sobre mães que evocam as alegrias e tristezas que a maternidade traz para pais e filhos. Tradução de Mariana Delfini.

29. Minha história, de Michelle Obama

Um relato íntimo, poderoso e inspirador da ex-primeira-dama dos Estados Unidos. Em suas memórias, um trabalho de profunda reflexão e com uma narrativa envolvente, Michelle Obama convida os leitores a conhecer seu mundo, recontando as experiências que a moldaram – da infância na região de South Side, em Chicago, e os seus anos como executiva tentando equilibrar as demandas da maternidade e do trabalho, ao período em que passou no endereço mais famoso do mundo. Tradução de Débora Landsberg, Denise Bottmann e Renato Marques.

 

Conheça outros títulos que abordam maternidade, em todas as suas facetas:

Agora veja então, de Jamaica Kincaid

Annie John, de Jamaica Kincaid

O que vem ao caso, de Inez Cabral de Melo Neto

O morro dos ventos uivantes, de Emily Brontë

A elegância do ouriço, de Muriel Barbery

A vida brinca muito comigo, de David Grossman

Americanah, de Chimamanda Ngozi Adichie

Cadê você Bernardette?, de Maria Semple

Cartas para minha avó, de Djamila Ribeiro

Clarice,, de Benjamin Moser

Da poesia, de Hilda Hilst

De amor tenho vivido, de Hilda Hilst

Em teu ventre, de José Luiz Peixoto

Euforia, de Elin Cullhed

Faça acontecer, de Sheryl Sandberg

Lili, de Noemi Jaffe

Mensagem de uma mãe chinesa desconhecida, de Xinran

Meu nome é Lucy Barton, de Elizabeth Strout

Minhas duas meninas, de Teté Ribeiro

O filho antirromântico, de Priscilla Gilman

O filho da mãe, de Bernardo Carvalho

O fogo na floresta, de Marcelo Ferroni

O primeiro homem mau, de Miranda July

Para educar crianças feministas, de Chimamanda Ngozi Adichie

Pessoas normais, de Sally Rooney

Poesia reunida, de Sylvia Plath

Princípio de Karenina, de Afonso Cruz

Prisioneiras, de Drauzio Varella

Sejamos todos feministas, de Chimamanda Ngozi Adichie

Trilogia de Copenhagen, de Dove Ditlevsen

Triste não é ao certo a palavra, de Gabriel Abreu

Primeiro nutrir, de Patricia Helú

Crianças dinamarquesas, de Iben Dissing Sandahl e, Jessica Joelle Alexander

Crianças francesas não fazem manha, de Pamela Druckerman

12 horas de sono com 12 semanas de vida, de Lisa Abidin e Suzy Giordano

Meu jeito de ser mãe, de Fernanda Rodrigues

O livro que você gostaria que todas as pessoas que ama lessem, de Philippa Perry

Mais forte, de Luana Génot

Minha mãe é uma peça, de Paulo Gustavo

O que é que ele tem, de Olivia Byington

Adulta sim, madura nem sempre, de Camila Frender

Bolo preto, de Charmaine Wilkerson

Depois das brasas, de Aly Martinez

Mulher, roupa, trabalho, de Mayra Cotta e Thais Farage

Os sete maridos de Evelyn Hugo, de Taylor Jenkins Reid

A letra escarlate, de Nathaniel Hawthorne

A mulher de trinta anos, de Honoré de Balzac

Persépolis, de Marjane Satrapi

Extraordinárias, de Duda Porto de Souza e Aryane Cararo

Minha história para jovens leitores, de Michelle Obama

Compartilhe:

Veja também

Voltar ao blog