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Apresentação

José Murilo de Carvalho apresenta dois personagens em conflito mútuo. Um, mais conhecido, é o imperador d. Pedro II, que governou o Brasil por quase meio século. O outro é Pedro d'Alcântara, cidadão comum, que amava as ciências e as letras tanto quanto detestava as pompas do poder.

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Ficha Técnica

Título original: D. Pedro II Páginas: 296 Formato: 13.50 X 21.00 cm Peso: 0.365 kg Acabamento: Livro brochura Lançamento: 30/04/2007
ISBN: 978-85-3590-969-2 Selo: Companhia das Letras Ilustração:

SOBRE O LIVRO

José Murilo de Carvalho apresenta dois personagens em conflito mútuo. Um, mais conhecido, é o imperador d. Pedro II, que governou o Brasil por quase meio século. O outro é Pedro d'Alcântara, cidadão comum, que amava as ciências e as letras tanto quanto detestava as pompas do poder.

D. Pedro II governou o Brasil por quase meio século, de 1840 até a proclamação da República, em 1889. Durante todo esse tempo fez de tudo para se adequar ao padrão de equilíbrio e austeridade do governante perfeito, sempre racional e dedicado aos interesses do país. Mas, em privado, Pedro d'Alcântara passou a detestar cada vez mais as solenidades públicas e viver o exercício do poder como um fardo.
É essa figura contraditória, ao mesmo tempo majestática e rebelde, que José Murilo de Carvalho descreve nesta biografia que vai muito além do retrato convencional do imperador imponente, com suas longas barbas brancas e seus penetrantes olhos azuis. Ser ou não ser era o dilema de um homem que oscilava entre a coroa imperial de d. Pedro II e a cartola comum de Pedro d'Alcântara. Dando igual atenção a ambas as facetas do monarca, o historiador o revela como uma personalidade complexa e torturada entre o dever e o desejo, o Estado e as paixões pessoais.
Por um lado, ficamos assim conhecendo a atuação política de um monarca que procurou manter a moderação nas lutas políticas do seu tempo, teve a coragem de preservar a liberdade de imprensa e conduziu o Império à vitória na Guerra do Paraguai. Por outro, vem à tona a figura de um homem tímido, oprimido pelo próprio poder, às vezes inconformado com os sacrifícios pessoais que lhe eram exigidos e, sobretudo, nem sempre capaz de conter suas paixões - como a que por décadas o ligou à preceptora de suas filhas, a condessa de Barral.

Sobre o autor