Diário de viagem pelo interior do Brasil, publicado em 1882. O autor, presidente de Goiás, registra fatos e costumes com talento narrativo, pondo o leitor na chuva e no sol, no desconforto mais agudo, na hospitalidade tosca do sertão, em meio a animais tresmalhados e embarcações que quase vão a pique.
O autor deste livro, Joaquim de Almeida Leite Moraes (1834-1895), foi nomeado presidente de Goiás em 1881, com o encargo de fazer cumprir uma lei eleitoral. Como havia lutado por ela, não pôde recusar o sacrifício, que o obrigou a ficar um ano longe da família. Saindo de São Paulo, viajou a cavalo a partir de Casa Branca, numa viagem penosa de mais de trinta dias cheios de contratempos e perigos, com um desconforto que hoje parece incrível. Quando deixou o governo, preferiu voltar de maneira surpreendente, descendo o Araguaia e o Tocantins até Belém do Pará, onde tomou o vapor que o trouxe ao Rio de Janeiro.
São estas duas jornadas que ele conta, com grande talento narrativo, amparado no sentimento penetrante da natureza e na capacidade de registrar de maneira expressiva fatos e costumes. Daí um relato que põe a imaginação do leitor na chuva e no sol, no desconforto mais agudo e na hospitalidade tosca do sertão, em meio a animais tresmalhados e embarcações que quase vão a pique. A escrita espontânea e muito reveladora prende o tempo todo, dando um toque de prazer ao conhecimento que proporciona do Brasil no século XIX.
Publicado em 1882 numa edição privada, só agora este livro é posto ao alcance do público, segundo um conselho de Rubens Borba de Moraes, grande especialista em literatura de viagens no Brasil, que queria vê-lo reeditado por ser, diz ele, um dos melhores do gênero.
Título original: APONTAMENTOS DE VIAGEM
Capa:
Victor Burton
Páginas: 344
Formato: 11.50 X 16.00 cm
Peso: 0.239 kg
Acabamento: Brochura
Lançamento: 26/04/1995
ISBN: 9788571644410
Selo: Companhia das Letras
APONTAMENTOS DE VIAGEM
Joaquim de Almeida Leite Moraes
Diário de viagem pelo interior do Brasil, publicado em 1882. O autor, presidente de Goiás, registra fatos e costumes com talento narrativo, pondo o leitor na chuva e no sol, no desconforto mais agudo, na hospitalidade tosca do sertão, em meio a animais tresmalhados e embarcações que quase vão a pique.
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ATRAVÉS DO BRASIL
Olavo Bilac e
Manoel Bomfim
Lançado em 1910, Através do Brasil é um marco da literatura paradidática brasileira. Substituindo as velhas cartilhas portuguesas, ofereceu aos leitores a possibilidade de descobrir os diferentes cenários sociais, geográficos e econômicos que compunham o Brasil da época.
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O CARAPUCEIRO
Padre Lopes Gama
Texto completo de 48 artigos selecionados de O carapuceiro, jornal escrito no Recife do século XIX pelo padre mestre frei Miguel do Sacramento Lopes Gama, beneditino secularizado.
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CARTAS CHILENAS
Tomás Antônio Gonzaga
A história de Fanfarrão Minésio, governador do Chile, narrada por um certo Critilo, que da então colônia escreve ao amigo Doroteu, na Espanha. São treze "cartas" em versos que, simulando falar de estrangeiros, fazem uma mordaz sátira política das Minas Gerais do fim do século XVIII.
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CONFISSÕES DA BAHIA - Santo Ofício da Inquisição de Lisboa
Texto fundamental para se compreender o Brasil quinhentista. Reunião de confissões de nossos colonos "sodomitas, bígamos, fornicários, blasfemos, bruxas e cristãos-novos", feitas ao Santo Ofício quando de sua missão especial na América portuguesa, em 1591.
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DIÁRIO DE UMA EXPEDIÇÃO
Euclides da Cunha
Diário de uma expedição reúne uma série de reportagens, pouco conhecidas, que Euclides da Cunha fez durante a Guerra de Canudos. Escritas no coração da batalha, sem tempo para hesitações ou reflexão, essas reportagens são o embrião de Os sertões, o "livro vingador", como o definiu seu autor.
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GLAURA - Poemas eróticos
Silva Alvarenga
Apontado como o mais brasileiro dos poetas árcades, pela admissão de motivos nacionais em seus poemas de feição neoclássica, Silva Alvarenga foi dos nossos mais notáveis intelectuais do século XVIII.
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HISTÓRIA DO BRASIL PELO MÉTODO CONFUSO
Mendes Fradique
Versão sarcástica da história nacional, de autoria de um humorista do início do século XX. Mendes Fradique promove a mais estapafúrdia mistura de épocas, fatos e personagens, num retrato ao mesmo tempo bem-humorado e crítico da República Velha, que parodia a estrutura dos livros didáticos. O volume traz caricaturas e charges feitas pelo autor.
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MANUAL DO AGRICULTOR BRASILEIRO
Carlos Augusto Taunay
Impresso pela primeira vez em 1839, esse manual não se limitou apenas aos assuntos agrícolas, pois ao prescrever medidas para dinamizar a economia escravista brasileira, apresentou uma série de propostas para os problemas mais agudos vivenciados pelo Império na primeira metade do século XIX.
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MEMÓRIAS DO SOBRINHO DE MEU TIO
Joaquim Manuel de Macedo
A trajetória financeira e política de um "filho de família" oportunista no Brasil do Segundo Reinado, numa sátira pouco conhecida do autor de A moreninha. Macedo revela os métodos corriqueiros de apadrinhamento, as mazelas eleitorais e o exercício, em proveito próprio, de cargos públicos.
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ORDENAÇÕES FILIPINAS - Livro V
As Ordenações filipinas, promulgadas em 1603, são o mais bem-feito e duradouro código legal português. Contendo os dispositivos que definiam os crimes e a punição dos criminosos, seu Livro V explicita com nitidez a associação entre a lei e o poder régio.
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PROJETOS PARA O BRASIL
José Bonifácio de Andrada e Silva
Além de "Patriarca da Independência", José Bonifácio de Andrade e Silva era um político preocupado em fazer da América um país moderno e civilizado. O fim da escravidão, a reforma agrária, o acesso de todos à educação compunham o ideário desse grande estadista.
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O RIO SÃO FRANCISCO E A CHAPADA DIAMANTINA
Teodoro Sampaio
Relato do engenheiro Teodoro Sampaio (1855-1937) sobre a natureza, a população e as cidades observadas na expedição que percorreu o sertão e o curso do rio São Francisco em 1879-80. Sampaio realizou também um levantamento histórico da ocupação do vale do São Francisco e da mineração na Chapada.
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VOSSA INSOLÊNCIA
Olavo Bilac
Seleção das crônicas publicadas em jornais cariocas e paulistas revelam um lado quase desconhecido do mestre do parnasianismo. Uma importante página da história da opinião pública brasileira.
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