Nos últimos anos de colonização na Nigéria, o jovem Obi Okonkwo recebe uma bolsa para estudar em Londres. De volta à terra natal, dividido entre as tentações da modernidade e as tradições africanas, rende-se ao suborno, o que o levará à condenação e à vergonha.
Nos últimos anos de colonização na Nigéria, o jovem Obi Okonkwo recebe uma bolsa para estudar em Londres. De volta à terra natal, dividido entre as tentações da modernidade e as tradições africanas, rende-se ao suborno, o que o levará à condenação e à vergonha.
A paz dura pouco, do celebrado escritor africano Chinua Achebe, começa com o julgamento de Obi Okonkwo, acusado de aceitar uma propina de valor irrisório. Em seguida, o romance conta a escalada de eventos dramáticos e inescapáveis que levaram Obi ao tribunal.
Nascido em uma pequena aldeia de etnia ibo, ele consegue uma bolsa para completar a sua formação na Inglaterra. Chegando a Londres, desiste do curso de direito para se dedicar ao estudo da língua inglesa. Lá, conhece a bela Clara. De início, Clara rejeita Obi, mas os dois se reencontram no navio de regresso à Nigéria e dão início a um relacionamento apaixonado e tumultuoso. A certa altura, Clara revela um segredo que proíbe o casamento entre eles: ela é uma osu, herdeira de uma família de párias, proscritos da sociedade nigeriana.
Além dos problemas no relacionamento, Obi enfrenta dificuldades financeiras. Empregado pelo governo, Obi se dedica com afinco ao trabalho, mas afundado em dívidas passa a aceitar subornos. Certo dia, cai em uma armadilha que o levará ao tribunal e à condenação.
A paz dura pouco é um romance sobre os conflitos entre o idealismo e o poder sedutor do dinheiro, entre o desejo de emancipação do indivíduo e as exigências dos costumes ancestrais.
Embora trate de temas universais, como o choque de civilizações e a submissão dos filhos aos preceitos e convicções dos pais, este romance é também uma expressão eloquente do refinamento artístico de um autor empenhado em narrar a história a partir de um ponto de vista africano.