Um relato sensível e atroz sobre o corpo, a doença e a vida, por um dos maiores críticos de cinema do país.
Um relato sensível e atroz sobre o corpo, a doença e a vida, por um dos maiores críticos de cinema do país.
Desde que tornou público, na década de 1990, ser soropositivo, Jean-Claude Bernardet sofreu de meningite, perdeu parte da visão e foi diagnosticado com câncer duas vezes. Da primeira, achou que estaria curado -- até a reincidência da doença, que, desta vez, decidiu não tratar.
Os ensaios aqui reunidos ponderam sobre a suposta obrigatoriedade da cura, imposta pela medicina em detrimento do bem-estar do paciente. O que Bernardet vê como realmente incontornável é a necessidade de se estar sempre em movimento, atuando como agente da própria vida.
"Preciso sair desse limbo dos pré-mortos para onde vou sendo empurrado, o que vai me matar não é a doença, é a rede que está se fechando em volta de mim", diz o crítico. Abdicando da constante perspectiva da morte, Jean-Claude Bernardet constrói um sólido manifesto sobre a liberdade do corpo e o poder da escolha, seja para dançar, andar sem rumo ou se curar.
Com a reprodução integral de A doença, uma experiência.