Ilustres recusados
07/04/2016Cartas que rejeitam obra de grandes autores.
Cartas que rejeitam obra de grandes autores.
Erros são muito comuns e viram folclore com mais facilidade do que os acertos. São fruto da fragilidade humana, mas também podem servir não só como exemplos, mas principalmente para nosso questionamento profissional.
Fingimento ou exagero, mentira ou autoengano, a literatura se utiliza de uma série de componentes que na vida real são malvistos ou tidos como falhas morais — mais ainda, falhas de caráter.
O que posso dizer com certeza é que observo as várias formas de comunicação social com um filtro estético, ou, ainda mais, com atenção gráfica. Como se a sociedade fosse para mim um imenso livro.
O carisma de um romance às vezes advém da capacidade de entreter multidões, mas penso que na maioria dos casos só isso não basta.
Do que precisa um escritor para começar um livro?
Uma troca de mensagens com Alberto Manguel.
Como seria se a vida fosse comandada pela literatura e não pela política; se o conflito a ser administrado socialmente fosse um conflito entre formas de expressão e não entre expressões dos múltiplos e contraditórios interesses individuais?
Sem planejar, por pura sorte, encontrei uma profissão que depende muito de silêncio. Ou, talvez, foi o silêncio dos livros que me encontrou.
Ao ler um livro somos transportados ao tempo escolhido pelo autor. Nele encontramos emoções sutis e arrebatadas, em graus e nuances que não notaríamos ou absorveríamos senão no silêncio do texto.
Muitos não sabem ou imaginam que os editores, boa parte deles, ao receberem um livro da gráfica, cheiram o objeto e apalpam suas páginas, roçando o dedo nas primeiras páginas de maneira — guardados os devidos exageros — quase erotizada.
Anseio por saber se há estudos sobre o que faz com que algo brote da memória e da imaginação do artista e migre para as páginas dos livros, outrora manuscritas pelos escritores e hoje formatadas na página em branco da tela dos computadores.