Um dos marcos do modernismo, Serafim Ponte Grande mistura ironia, rebeldia e experimentação formal em um livro que desafia as classificações de gênero.
Um dos marcos do modernismo, Serafim Ponte Grande mistura ironia, rebeldia e experimentação formal em um livro que desafia as classificações de gênero.
Ao longo de 203 fragmentos, Oswald de Andrade toma como inspiração os procedimentos da colagem para criar uma obra radical, situada entre a ficção, as anotações, as memórias, a sátira e a poesia. Definido por Haroldo de Campos como "romance-invenção", o livro, publicado originalmente em 1933, foi recebido como escandaloso e se estabeleceu como um acontecimento singular na nossa literatura.
A transformação industrial de São Paulo serve como pano de fundo para um retrato implacável das aspirações burguesas. Em meio ao moralismo, ao tédio e à infelicidade do casamento, os personagens de Serafim Ponte Grande não conseguem conter suas ambições comezinhas, sua obsessão pelo dinheiro e seus impulsos sexuais.
A presente edição inclui textos de Haroldo de Campos, Saul Borges Carneiro e Múcio Leão, além do posfácio inédito de Paulo Roberto Pires. Seja pela inventividade formal, seja pelo conteúdo explosivo, a ousadia de Serafim Ponte Grande permanece atual como nunca.